Da coluna do Dapieve no Globo de hoje...
"Todo governante brasileiro, federal, estadual ou municipal, deveria assistir ao menos a uma sessão de “Fahrenheit 11 de setembro” como um exercício de humildade. Imagine-se um diretor que, por uma razão qualquer, decidisse fazer com Fernando Henrique ou sobretudo com Lula o mesmo que Moore faz com Bush. Seria paralisado e assassinado por uma infinidade de processos judiciais."
e
"Este me parece ser o ponto capital, tanto emocional quanto programático, de “Fahrenheit 11 de setembro” porque deixa bem claro a quem Moore se dirige: ao americano médio, àquele que, como ele mesmo, usa um boné ensebado o tempo todo. Moore não é, como querem alguns, um paladino da luta antiglobalização e antiimperialismo. É, no fundo, tão americanocêntrico quanto seu suposto antípoda: Bush é mau porque faz chorar as mães de Flint, a guerra é má porque mata os filhos de Flint e, noutros filmes, a globalização é má porque desemprega os pais de Flint. Isso fica claro no tom quase xenófobo com que fala dos árabes (sauditas) ou no escárnio contra os países sem exército que compõem a tal Coalizão."
Dapieve entendeu as duas coisas que nem os americanos entendem:
a) É direito do Moore dar sua opinião sobre o que quiser, quem não gostar que não vá assistir.
b) Ele é talvez mais americano que todos os outros anti-Bush que andam por aqui. Defende os valores fundamentais sobre os quais a nação se baseou um dia.
Para os americanos ele pode ser um herói ou um vilão.
Para mim ele é só um cara que tem a sua disposição uma forma de apresentar sua opinião a um grande público e com certa competência.
30 de julho de 2004
Farenheit 9/11, paralelos e esclarecimento...
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