23 de dezembro de 2005

Porquê Skype?

Anda muito complicado gerenciar a multitude de clientes de instant messaging.

No trabalho, usando Linux, eu acabo usando o Gaim - um cliente multi-plataforma que me conecta as redes do ICQ, AIM, MSN Messenger (que os brasileiros adoram).

Em casa, usando Macs, eu acabo usando o Adium - um outro cliente multi-plataforma que me conecta a multiplas redes também.

O problema de ambos é que não há comunicação por voz. Só chat texto.

Então, escolher uma rede única faz sentido. O problema é que rede única tem clientes para Linux e Macs, e desses quais tem o suporte a voz...

O Skype - que tem a melhor interface Mac de todos os clientes de IM que eu já vi - roda nos três sistemas operacionais, suporta voz entre eles, e quem sabe - em breve vídeo entre Macs, Windows e Linux!

É fácil de usar, a qualidade do som é excelente, e a versão 2.0 - atualmente em beta e infelizmente só para Windows - terá vídeo também!

É um alívio ver uma empresa que percebe que multiplataforma é uma realidade e uma necessidade.

8 de dezembro de 2005

Como mencionado - a cara de surpresa


Surpresa total... / Total surprise...
Originally uploaded by celopes.

Meu irmão ao dar de cara com a gente na casa dos meus pais na nossa recente visita surpresa ao Brasil!

7 de dezembro de 2005

THE HANSO FOUNDATION

Atenção especial para o memorando da Organização Mundial de Saúde que pode ser acessado clicando na foto do Alvar Hanso.

Essa série é muito foda...

5 de dezembro de 2005

Faltou falar...

Greves, greves, greves...

Chegamos no Rio e sequer abriram nossos passaportes. Só viram que a capa do primeiro - no topo - era verde e que eu falava português. Se a foto no passaporte era minha ou de outra pessoa, nem se cogitou. Entramos. Enquanto isso turistas americanos eram assodados numa lenta e longa fila (eles não merecem, tanto quanto nós não merecemos este tratamento quando visitamos os EUA; mas é o preceito da reciprocidade burra internacional).

Acompanhados do nosso cachorro (não me perguntem, por favor - a decisão não foi minha!) somos informados que o Ministério da Agricultura está em greve!!!

A funcionária, educada porém jactante, fez questão de ilustrar que toneladas de carne e grãos apodrecem nos portos graças a greve. Que o Governo vai ter de se dobrar a vontade dos funcionários ou "o país para!".

Finda esta greve (não sei se porque o país parou) e obtida a autorização de embarque para o cão voltar conosco; na saída do país damos com uma operação tartaruga da Polícia Federal que exige "valorização" em cartazes coloridos que devem ter custado uma fortuna. Resultado: mesmo chegando ao aeroporto mais de duas horas antes do nosso horário de embarque, só conseguimos chegar ao portão de embarque 2 minutos antes do nosso horário de partida.

Isso enquanto pessoas que estavam muito mais atrasadas para seus vôos tentavam furar a fila descaradamente - algumas devidamente capturadas pelos agentes federais que as encaminhavam para o final da fila que eles mesmo causavam.

O Brasil é um país único!!!

Infra-estrutura da Índia, serviço público em greve como o da França, eficiência inversamente proporcional a da Alemanha...

Com impostos mais caros que os dos EUA.

Doi!

E, finalmente... o incêndio na Barra da Tijuca!

Pois é, o prédio em chamas sábado à noite? É onde eu estava até o dia 28 de novembro.

Que tal?

Tudo bem com a família e com os bens, antes que vocês fiquem preocupados. Ninguém estava em casa e além disso o fogo atingiu outra coluna de apartamentos.

Quase tudo que se lê nos jornais foi mal pesquisado ou simplesmente mal redigido. Mas a maior mentira de todas foi dizer que o sistema de combate a incêndio do prédio não funcionou. Funcionou sim. Os sprinklers jorravam água que desciam pelas escadas e elevadores furiosamente.

O que não funcionou mesmo foi o aparato do estado.

Houve dificuldade para contatar os bombeiros e a polícia. Depois do contato eles ainda levaram mais de 1h e meia para dar combate efetivo as chamas - o que permitiu o alastramento do fogo e o desastre ao patrimônio que se viu. Hidrantes também não tinham água - acredito eu serem os hidrantes responsabilidade do estado e não do edifício.

Ninguém morreu por sorte. Podia ter sido muito pior.

Mas que cidade é essa que numa emergência não consegue contatar os bombeiros ou a polícia? E que quando eles finalmente chegam não tem os equipamentos para dar combate ao incêndio (escadas curtas, mangueiras que não tinham pressão para alcançar as unidades em chamas, etc)?

Não culpo os bombeiros, que obviamente não tem a infra-estrutura que precisam para serem eficientes no seu trabalho. Não temos nem como saber se tem o treinamento adequado!

Mas só posso responsabilizar o estado (nas diferentes esferas: municipal e estadual) pela situação de abandono em que nos encontramos. Apesar dos altos impostos que se pagam...

Ainda bem que não havia ninguém preso nos andares superiores. Porque eu tenho certeza que os bombeiros não teriam nenhum tipo de aparato capaz de resgatá-los.

Uma palavra: Joelma.

De 1974, quando ocorreu o Joelma, pra cá você pensaria que os avanços tecnológicos necessários teriam chegado ao Brasil. Mas eu duvido.

Nos dois casos - 1974 e 2005 - curto circuito no ar condicionado (a comprovar). Que tal?

Vocês não querem que eu volte...

Várias decepções com o Rio...

Apesar da visita descrita no post abaixo ter sido maravilhosa no quesito ver a família e alguns poucos amigos, por outro lado voltamos - eu e a esposa - absolutamente estupefatos e desgostosos com o que vimos.

Eu até dei um tempo bom antes de fazer esse post, porque não queria exagerar as coisas com as cores do impacto da visita recente.

Mas a verdade é que cada vez que vamos ao Rio, as coisas parecem piores.

O trânsito, que sempre foi assassino, está absolutamente barbárico. Voltando do aeroporto onde fui apanhar meus sogros que voltavam de Brasília, fomos cortados por um carro que só faltava ter escrito na lateral em letras vermelho sangue: "Bonde do Mal". Nos cortou e embicou em direção a uma favela ali perto da Linha Amarela (desculpem, não lembro o nome).

O crime tomou dimensões absolutamente inacreditáveis. Exemplos:

a) As pessoas comemorando a "determinação" do traficante da Rocinha de que não poderiam haver roubos ou qualquer tipo de crime entre o Downtown na Barra da Tijuca e o Humaitá. Gente esclarecida agradecendo ao ato do bandido.

b) Um relato de segunda mão: sequestro presenciado por um casal de turistas de São Paulo no Barra Shopping em plena quarta a feira à tarde!!! Viram uma mulher se jogada dentro de um carro, gritando por socorro, anotaram a placa do carro e relataram o ocorrido a uma patrulhinha da PM. Reação dos policiais: "Podem ficar tranquilos que nós vamos investigar!". Pior: os turistas me dizem que não se surpreenderam tanto porque "SP está igual".

c) As pessoas com medo de ir a qualquer lugar à noite. Quase um toque de recolher implícito.

d) Tudo MUITO, mas MUITO CARO!!! E tudo "maravilhosamente" parcelado em até 3000 vezes. Inacreditável. Uma saia, numa loja de um shopping menor, custava R$ 500. Quando comentei que o preço era ultrajante, fui informado que poderia pagar em 12 vezes "sem juros". Numa conversa com amigos, alguns - para o meu espanto - achavam isso a coisa mais normal do mundo e até um bom negócio porque era "sem juros"; outros deixaram claro que se não for nesse esquema ninguém compra nada. O "sem juros" entre áspas, para ficar claro, quer dizer que os juros já estão devidamente embutidos no ultrajante (SIM!!!) preço do produto...

e) A cidade do Rio absolutamente imunda. Mais do que de costume. A cidade de Brasília - que vá lá, não visitava há mais de 8 anos (e mesmo assim por um dia apenas, à trabalho, depois de ter morado lá por 11 anos) absolutamente emporcalhada e pixada.

f) Vários colegas desempregados, empregados mas sem receber devidamente, ou empregados ganhando muito mal porque não há empregos que paguem bem. E isso porque estamos falando de profissionais de informática com anos de experiência.

Fica a sensação - dividida com a minha esposa - de que voltar ao Brasil hoje seria um choque tão grande que não teriamos condições de suportar o impacto.

Isso sem falar no meu próximo post...

Uma visita de surpresa ao Rio...

Chegamos ao Rio de surpresa no dia 18 de novembro. No aeroporto minha mãe esperava a minha amiga Carla, que mora em NY, e que estaria trazendo uma mala a meu pedido pra entregar pra ela. Minha mãe, coitada, plaquinha na mão com o nome todo da Carla aguardando a tediosa liberação das nossas malas e da alfândega.

Depois de deixá-la tonta com nossa aparição, rumamos para o escritório do meu pai no Centro da cidade. Minha filha para na porta da sala dele e ele fica uns 5 segundos olhando pra ela sem entender bem o que está acontecendo. Aí ela começa a rir e ele acorda.

De lá pra casa, onde minha avó - com 83 anos - achou que estava tendo visões e chorou muito; e meu irmão ficou boquiaberto ao vir "visitar minha avó a pedido dela" e deu de cara conosco.

Pano rápido para uma aparição em Brasília, visitando a família da irmã da minha esposa. Choques diversos, palavrões de diversos calibres, e muita alegria pela visita surpresa.

Essa foi a parte legal...