21 de julho de 2007

Diversão garantida...

Prefácio: eu não tenho nada contra, muito pelo contrário, musicais.

Ontem, por insistência da minha filha de 9 anos, fomos assistir Hairspray no cinema.

Fui com a expectativa de um filme irritante, orientado pra um público juvenil. E encontrei um filme como há muito não via. As atuações são excelentes, os números músicais interessantes, e o filme conseguiu a façanha de me fazer rir e - mais - me alegrou.

John Travolta, Christopher Walken e Michelle Pfeiffer estão sensacionais - ainda que a maioria do público infanto-juvenil não tenha idéia de quem são e o quão espetacular a performance é. Queen Latiffa também está perfeita, e os jovens atores contracendando com os mais experientes parecem estar se divertindo e o filme desenvolve super bem.

A cena onde John Travolta e Christopher Walken se reconciliam é de morrer de rir. Os atores parecem ter dificuldade em manter a postura adequada para o momento das personagens... Walken em particular parece estar morrendo de rir com a atuação de Travolta.

Então, em Setembro, quando o filme finalmente chega ao Brasil, deixe o preconceito em casa e vá assistir.

Eu achei que valeu a pena.

19 de julho de 2007

Vai se delineando a causa...

A TAM admite que havia um problema reconhecido na aeronave que se desintegrou em chamas em SP. O reversor das turninas havia apresentado problemas. A companhia sabia. Mas acreditou - pelo que se entende da reportagem de O GLOBO - que estaria operando dentro de condições suportadas pelo fabricante.

A infraero e o governo, é claro, vão aproveitar pra apontar o dedo na direção da empresa. Quando o filho é feio...

E aí? O fato de uma falha técnica da aeronave ter sido, pelo menos é o que vai se delineando, a causa dessa tragédia isenta o estado escorregadio da pista? Ou o fato do aeroporto estar constantemente sobrecarregado? Que tal as pistas terem de ser fechadas por causa de chuva com frequência? Se o piloto estava tentando, realmente, arremeter; será que isso é possível numa pista curta com tempo seco? E chovendo?

Tantas perguntas né? E eu não sou especialista em nada disso...

Falhas de equipamento acontecem. Acidentes acontecem.

Mas um conjunto tão grande de indícios de que tem algo errado e que tem de ser corrigido não pode ser ignorado.

E não aprender nada dessa tragédia - que infelizmente é o que eu espero - vai ser uma segunda, e terrível, tragédia.

18 de julho de 2007

Se alguém quiser me mandar uma, eu aceito...



Independente de ser pró ou contra o Presidente (não sou contra ele, sou contra a administração dele); os cariocas tem humor de sobra... :-)

Relembrando...

Porque comecei a receber e-mails indignados em função do meu post anterior apontar falhas na conduta da sociedade brasileira, quero apontar um post antigo que responde a tudo através da transcrição livre de um diálogo que fui obrigado a ter uma vez:

Botando as cartas da mesa

Bater no peito e se dizer brasileiro sem ter senso crítico também não ajuda nada.

17 de julho de 2007

Irresponsabilidade habitual, preço alto demais...

ATUALIZAÇÃO: Pra quem tá pensando, como vários ao que parece, em mandar um e-mail criticando minhas "palavras duras e ignorantes contra a sociedade" brasileira abaixo, favor ler meu último post.

Não vou me demorar num post sobre o terrível acidente aéreo em SP.

Outros escreveram melhor do que eu sobre o assunto...

Só quero dizer que tudo é um sintoma de uma falha de caráter nacional: irresponsabilidade. Essa filha degenerada da impunidade...

E vou fazer uma previsão: CPIs, dedos apontados pra todos os lados, gente dizendo "eu avisei", e consternação nacional por 2 ou 3 dias. Depois volta tudo ao normal e não se aprende nada de uma tragédia dessas. E tudo continuará como dantes.

Quer apostar?

Em Tempo: Que Congonhas opera acima da capacidade só não percebe quem nunca teve de passar por lá recentemente.

Em Tempo 2: O Cris não menciona no post dele que as companhias aéreas, ao que me consta, NUNCA se manifestaram com relação as faltas de condições de segurança. Eu sei que ele fala de desafogar os aeroportos, mas qualquer empresa tem de ter um mínimo de visão. Que vai acontecer com o setor agora que se comprovou que os principais aeroportos do país realmente não tem condições de operar? Talvez se as empresas tivessem se manifestado e apontado as falhas, trocando o lucro imediato pela segurança futura de seus passageiros, DO SETOR E DE SUAS OPERAÇÕES; as coisas tivessem sido diferentes.

Em Tempo 3: Pena que o sistema de justiça do Brasil vai demorar anos para resolver as pendengas desse incidente. O certo seria as famílias receberem uma indenização monstro do governo e da TAM. O dinheiro não resolveria NADA pra quem perdeu um irmão, irmã, pai, filho, etc; mas a pancada no bolso talvez ajudasse a prevenir futuros incidentes similares frutos da irresponsabilidade generalizada.

9 de julho de 2007

Recomendação de livro...

Um livro que você deve ler se pretende ser contratado por boas empresas ou se você influencia o processo de contratação de outros geeks na empresa na qual você atua é o "Smart & Gets things Done", do Joel Spolsky.

Pra quem pretende ser contratado por uma empresa legal, te dá parâmetros pra identificar - na entrevista - se a mesma tem chance de ser um desafio bacana. Se você pretende tentar um emprego nos EUA, te dá algumas dicas do que esperar do processo.

Pra quem influencia a contratação de outros geeks (ou é gerente), te dá balizas do que perguntar, como perguntar, o que observar e - importantíssimo - que tipo de pessoa procurar e contratar.

O livro é curto, direto ao ponto, com bons argumentos e texto divertido.

8 de julho de 2007

1408

Confesso. Sou fã do Stephen King. As histórias deles são, em sua maioria, simples em termos de roteiro, mas as personagens são tão bem construidas... Ele prova, repetidas vezes, que os piores monstros não são super ou sub humanos. Apenas humanos. E que o conceito de mal não precisa de personificação...

Portanto, como fã, foi natural que eu fosse assistir ao filme baseado no conto 1408.

Não gostei. A história em si tem potencial, mas a implementação - por qualquer motivo - ficou fraca demais. Samuel L. Jackson aparece pouco e assusta mais que John Cusack no restante do filme.

Enquanto o conceito básico de muitas histórias de King permanece: o mal não tem, necessariamente, um representante ou um rosto; a história é lenta a princípio e não desenvolve naturalmente - quebrada em determinados momentos tentando estabelecer na tela o que King faz tão bem nos livros: interesse pelas personagens. Um filme em que basicamente tem um personagem na tela do princípio ao fim precisa estabelecer empatia entre ele e a audiência. Eu só senti essa empatia na última cena do filme.

Poucos sustos. Efeitos especiais manjados. Atuação fraca do principal ator.

Uma pena...