3 de dezembro de 2006

Mais Pórtugays

Lembram do meu post sobre a língua "Pórtugays" que a minha filha, de vez em quando, fala?

A mais nova: começa o Fantástico de hoje com a notícia de que o Brasil venceu no volei contra a Polônia no Mundial do Japão. Ela, comemorando, exclama:

- Êba, o Brasil venceu da Polândia!!!!

Demorou uns 3 segundos pra eu e a mãe dela entendermos que ela derivou o nome da tradução do texto "Poland" que estava na tela da TV.

1 de dezembro de 2006

HAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!

Do globo: "A realidade do Brasil já prejudica a imagem do país, não é um filme que vai piorar a situação".

O que eu mais acho engraçado nessa gritalhada contra o filme é que quando eu vi o trailer pensei "é exagero, mas não está muito longe da verdade...". Vide o ônibus de inglêses assaltado, os vários turistas esfaqueados e baleados, e a total insegurança da maior parte da população.

Mas pensei também: "bom, é só um filme".

E nesse artigo mencionam tudo isso: que o massacre da serra elétrica não fez ninguém deixar de ir ao Texas, que a imagem do país é ruim porque a situação de segurança do país é ruim, e que a realidade é muito pior que a ficção.

Mas o prêmio vai pro primeiro comentário deixado na página do globo, do Marcelo Curi:

"Eu não vou ver o filme. Hoje em dia tenho medo de ir ao cinema, restaurante, boate...".

Pelo menos o brasileiro não perde o bom humor.

Pseudo-nacionalismo babaca, com certeza.

30 de novembro de 2006

O espião envenenado e você...

Com a morte desse ex-espião russo na Inglaterra, vítima de envenenamento por material radioativo, e posterior conclusão das autoridades britânicas que pelo menos 3 aviões da British Airways estavam contaminados com radiação; fica a pergunta:

Num mundo globalizado, onde estamos a salvo?

Antigamente podia-se dizer que o que acontece na Russia ou no Japão pouco afeta a vida dos cidadãos (é, é cidadãos, não cidadões, eu olhei!) do Zimbabuê ou do Brasil. Mas num mundo onde o cara acorda no Brasil depois de ter ido dormir na China e dois dias depois está na África - sem contar os bens que circulam de um lado pro outro do mundo - como evitar que contaminações de toda a espécie, naturais ou causadas pelo ser humano, não espalhem de forma arrazadora?

Imagine que você estava de férias da Europa no início do mês e deu o azar de cair no avião que transportou os isótopos radioativos que foram usados para matar o espião? Você está agora contaminado e nem sabe. Volta ao Brasil, abraça parentes e amigos...

E que não fosse uma contaminação radioativa, mas simplesmente um vírus pouco conhecido. Ao voltar ao Brasil você cai doente e recorre aos médicos - que sequer sabem como tratar a doença!

A quem recorrer para ter informações? Nos EUA existe o CDC (Center for Disease Control, Centro para Controle de Doenças) que em teoria tem informações sobre todos os tipos de contaminantes e doenças conhecidas.

Mas e no Brasil?

Dá medo...

Morreu?

Não, não morri.

Como ultimamente só tenho interesse por fotografia e família - e todas as permutações possíveis dos dois - acabei criando um outro blog dedicado ao assunto. Dessa vez em inglês.

EOS Diary

Se eu não estou escrevendo aqui, estou escrevendo lá. E minhas fotos no Flickr continuam sendo postadas exclusivamente lá.

Tem muito pouca coisa que realmente me interessa escrever sobre os outros assuntos. Todo o resto é muito deprimente... como será o meu próximo post.

20 de novembro de 2006

19 de outubro de 2006

Gente escrota nós somos...

Hoje pude assistir o episódio do Lost em que o Rodrigo Santoro aparece pela primeira vez. Isso depois de ver a montanha de coisas que se escreveu desde que vazou que ele ia participar do seriado mais quente do planeta...

Nós, brasileiros, somos muito escrotos...

O que já se malhou o cara antes mesmo dele aparecer não está no gibi. Na imprensa, nos blogs... Só se faz meter a marreta no sujeito. Eu vi gente comentando coisas como: o fato de ele não saber qual era o papel dele e como isso queria dizer que a personagem iria morrer logo, que seria tudo boato, que era uma ponta, e - pasmem - teve gente contando quantas falas ele teve na estréia!

Porque será que nós simplesmente não podemos ficar felizes que um Brasileiro está tendo sucesso num mercado difícil e se projetando internacionalmente numa velocidade incrível (para os padrões da indústria)?

O Rodrigo Santoro é bom ator. O cara escolhe papéis que são, ao mesmo tempo, difíceis e interessantes. E quando ele entra numa série de peso, onde pode se projetar ainda mais e - quem sabe - até abrir o mercado para outras artistas brasileiros; o que acontece? Todo mundo cai matando.

É, ele teve poucas falas na estréia. É, o personagem surgiu do nada e pode desaparecer da mesma forma. É, é TV e não cinema (ainda que o novo filme, 300, prometa ser um marco na carreira de qualquer ator envolvido).

Mas o nome do cara aparece lá nos créditos da série mais quente do planeta. E o seu?

A gente tem de parar com essa coisa de minimizar aquilo que nossos compatriotas conquistam com o seu trabalho!

PS. Tá... Eu também tenho inveja do cara ter pego a Luana Piovanni... Mas vamos parar com isso né?

14 de outubro de 2006

Senador Collor

Sinceramente, ou os Alagoanos tem merda na cabeça, ou essas máquinas Unisys são piores que as máquinas de votação dos americanos. É incompreensível esse senhor ser reeleito depois de tudo que fez como Presidente.

Mas o mais triste é que ele deu o primeiro passo pra começar tudo de novo.

O Brasil, realmente, é um caso perdido.

29 de setembro de 2006

De especialistas e generalistas...

Hoje eu fiz a prova de certificação da Sun para Java 5.0. Eu já tinha a certificação da versão 1.4 e a empresa me pediu (eu, sinceramente, não dou bola pra essas certificações) que fizesse o upgrade. Passei com 80% de acertos. Tem muito de memória nestes testes, e minha memória e melhor utilizada pra coisas que não a sintaxe das API de localização do Java...

Voltando do teste eu informei meu chefe que iria começar a estudar Ruby on Rails.

Este chefe atual é mais técnico que a maioria dos outros que tive no passado. A reação dele foi um levantar de sombrancelhas e um comentário de que "pode ser útil..."

A maioria das pessoas diria: mas você não é um especialista em Java?

Não.

Não quero ser. Como não quis ser um especialista em PowerBuilder, Visual Basic, C, TCL, Vignette, Oracle PL/SQL, e tantas outras tecnologias que eu nem me lembro mais.

Quando você se especializa você diminui seu alcance de mercado. Pior, você se limita como profissional e como pessoa. Claro, isso é só minha opinião...

Mas se eu fosse um especialista em PowerBuilder quando fiz minhas entrevistas pra vir pros EUA, não teria vindo. E se fosse um especialista em Java não teria ido parar na Lands' End. E se fosse um especialista em C, não teria vindo parar na NDR.

Se eu fosse só um programador, se não tivesse anos de estudo e treino em análise de negócios, não teria tido a influência que tive em todos os projetos por onde passei. E talvez não tivesse aberto as portas que abri para participar de projetos mais interessantes.

Seu eu fosse só um analista de negócios, não teria sido mentor de equipes de desenvolvimento e trabalhado lado a lado com gerentes de projeto de verdade (não aqueles que ficam como papagaio de pirata perguntando se você terminou; mas caras que participam ativamente e removem barreiras pra que os desenvolvedores façam o que fazem melhor), as vezes sem tocar numa linha de código.

O objetivo aqui não é posar de bom. Tem milhares de profissionais que são melhores programadores do que eu, melhores analistas de negócios do que eu, ou melhores mentores/gerentes de projeto do que eu.

Mas muitos desses só fazem uma coisa.

Eu prefiro, e sempre preferi, ser um generalista.

Espanta o tédio. Abre portas.

Une o útil ao agradável.

Construir ou comprar? A pergunta mais antiga do mundo...

Meu projeto foi cancelado...

Ou melhor, foi reorientado. Basicamente, assim que entrei nesse novo emprego e me apresentaram a aplicação que deveria ser desenvolvida eu só tive uma pergunta:

- Mas, porquê estamos desenvolvendo uma coisa que pode ser comprada e que provavelmente vai ser muito mais eficiente na solução do problema???

Veja, ninguém escreve o seu próprio banco de dados. Escolhe-se Oracle, DB2, SQL Server, Sybase, MySQL, PostgreSQL, ou o que seja. Faz-se isso porque, sinceramente, escrever um banco de dados custa caro. Construir um que funcione bem custa muito mais caro. Manter um, depois de construido, e expandir com funcionalidades diversas e necessárias custa uma fortuna! Sem contar o custo de um produto que não funciona bem...

Da mesma forma, determinadas aplicações já estão chegando a um ponto onde o know-how existente e a oferta de pacotes torna o desenvolvimento de um produto in-house uma tolice inacreditável. Softwares para gestão de clientes, os famosos CRM, são a bola da vez.

Quem, em sã consciência, vai criar toda uma estrutura do zero para catalogar e gerenciar clientes? O objetivo, claro, não é catalogar - mas extrair informação útil dos dados. Extrair padrões de consumo. Extrair padrões de utilização dos serviços e produtos que a sua empresa oferece.

Com tantos pacotes de CRM no mercado, com tantos clientes que foram cobaias e que refinaram os produtos - vale realmente a pena desenvolver alguma coisa do zero? E quanto tempo vai levar pra se concluir o desenvolvimento e se alcançar o objetivo da empreitada: garimpar informação útil para a direção da empresa a partir dos dados acumulados? E quanto tempo a empresa vai ficar sem essa informação útil até que o produto esteja disponível?

Eu, sinceramente, compraria um pacote que melhor se adaptasse as necessidades da empresa e adaptaria a empresa ao pacote no que fosse necessário.

Foram sete meses de desenvolvimento para uma pré-release que causou grande impressão com relação a usabilidade e funcionalidade da interface (Swing) e uma péssima impressão no tocante a qualidade do código de acesso ao banco de dados (Hibernate 3).

A decisão?

Vamos procurar um pacote.

Antes tarde do que nunca...

Um conselho...

Uma dessas semanas atarefadas que passaram, eu me peguei pensando se não seria a hora de voltar a buscar uma posição de gerência. Uma posição onde eu não tivesse de me aborrecer com os intermináveis detalhes e problemas técnicos. Uma posição onde eu coordenaria uma equipe de pessoas e usaria minha orientação técnica para auxiliar no alcance dos objetivos.

Assim que comecei a pensar nisso - obviamente fruto das frustrações com Java Swing e o novo ambiente de trabalho - comecei a rir sozinho... Pensei alto:

- Hoje eu me aborreço com os meus problemas técnicos e, ocasionalmente, com os indivíduos que me atrapalham. Se eu virar gerente eu vou estar sendo pago pra me aborrecer por um time inteiro e com um time inteiro. E não vão me pagar muito mais do que ganho pra eu ter essa dor de cabeça toda.

Prefiro ser uma abelha-operária bem paga do que ter um título, um aumento irrisório e me aborrecer 10 vezes mais. A vida já é complicada demais...

Dirão alguns: "mas se for assim, quem é que vai querer ser gerente???"

A resposta não é óbvia?

Quem precisa ser.

Em tempo: relendo o que escrevi ontem de madrugada, percebi que a última linha, acima, dá a entender que todo Gerente o é simplesmente porque não tem capacidade pra ser outra coisa. A intenção, sem dúvida, foi essa. Mas eu também trabalhei com vários gerentes que eram bons gerentes e poderiam ser, se quisessem, técnicos excelentes. Alguns optam pela gerência simplesmente porque a preferem. São a minoria, mas acontece. Não questiono a capacidade de alguns gerentes... Mas questiono a decisão de uma pessoa que tem capacidade técnica adequada, preferir se aborrecer muito mais pra ganhar mais ou menos o mesmo.

10 de setembro de 2006

Nova Iorque...


Turista perdido? / Lost tourist?
Originally uploaded by celopes.

Acabamos de voltar de uma visita a uma amiga. Nós não eramos os únicos turistas perdidos pelas ruas do lugar...

Mais fotos em: http://www.flickr.com/photos/celopes

9 de setembro de 2006

Catolicismo e informática...

Confissão: o CTRL-ALT-DEL dos pecados.

5 de setembro de 2006

T-nenenenenem T-nenenenenem tudududududu

Estavamos conversando com nossa amiga em NY e eu afirmei que qualquer cara da minha geração não só conhecia o nome Steve Austin - nós passamos boa tarde da infância colocando nossos kichutes e correndo pra lá e pra cá fazendo "T-nenenenenem T-nenenenenem T-nenenenenem"...

O Homem de Seis Milhões de Doláres!!!

Quem não se lembra da entrada do seriado? Topo de linha pra época!!!

E pra quem nunca teve a oportunidade de assistir essa maravilha, um trecho de um episódio!

Eu aposto que só de lembrar, da próxima vez que você for correr ou for fazer algum esforço físico, na sua cabeça você vai estar "T-nenenenenem T-nenenenenem T-nenenenenem". Ou quando der aquela esticada de olho pro jornal do vizinho no metrô, vai pensar "tudududududu tudududududu".

AH MOLEQUE!!!!

4 de setembro de 2006

Nova York, Nova Iorque, New York, whatever...

Pela segunda vez na vida passei alguns dias em NY. Volto pra casa amanhã.

NY é uma cidade que tem muita coisa legal, dentre elas: pense num tipo de comida. Qualquer coisa, de qualquer lugar do mundo. Pensou? Aqui tem. É impressionante. A vida cultural é show de bola. É como uma São Paulo "on steroids".

Mas hoje sou pai, e viver aqui com crianças é coisa pra gente com muita grana ou com pouco bom senso. O Central Park - que visitei pela primeira vez - não é o que a maioria de nós pensa. Pra quem é do Rio, é só pensar na Quinta da Boa Vista - só que relativamente seguro... É o refúgio das crianças. Porque o resto da cidade é óbviamente direcionada ao público entre 18 e 30, com muita renda disponível e pouco interesse pela vida familiar.

Segurança foi a grande mudança entre minha visita atual e minha visita anterior. Me senti absolutamente seguro, com câmera dependurada no pescoço (fotos no Flickr em breve), relógio e anel no dedo; até mesmo andando de metrô pelo Bronx. Na vez anterior, não sai Manhattan e não me senti muito tranquilo na maior parte do tempo.

Minha filha curtiu bastante o Bronx Zoo (mas reserve um dia inteiro só pra isso, é cansativo pra caramba!), e o tour da NBC foi interessante - ainda que caro - pra ver o estúdio do Saturday Night Live, e só. Claro que melhor seria ir ao estúdio assistir uma gravação, mas eles não aceitam menores de 18 anos e estão num hiato momentâneo. Também olhei o Conan O'Brien, o Colbert Report (dois dos meus ídolos) e o Daily Show With Jon Stewart (muito bom!); mas todos tinham o mesmo requerimento de idade. E vir pra NY pra largar minha filha enquanto eu vou bundear não é legal... De qualquer forma, a Júlia foi uma das voluntárias para uma demonstração de como funcionam as gravações dos noticiários locais. A NBC perdeu uma grande chance de fazer ainda mais dinheiro - se tivessem realmente gravado a apresentação dela e me cobrado $1000, eu dava um jeito de pagar.

Foi um passeio curto - 5 dias - mas bem divertido e interessante. Museu de História Natural (Dinos!!!), Intrepid Sea, Air and Space museum (um porta aviões da II Guerra e um submarino da mesma época, dentre outras coisas), F.A.O Schwarz (adivinha quem mais gostou dessa loja de brinquedos tão diferente das Toy R'Us da vida?), jantar na Little Italy; e até mesmo o "Dia do Brasileiro" na Little Brazil (só passamos, porque é muita gente e muita confusão pra minha cabeça).

Nada como ter amigos morando nos lugares certos...

23 de agosto de 2006

O vício da fotografia...

Quem ainda não teve a chance de ver as minhas fotos no Flickr talvez não saiba da minha crescente paixão pelo assunto. É o meu hobby, agora que computação é essa obrigação enfadonha e insuportável.

O problema é que é um vício caro.

Eu tenho uma Digital Rebel XT (ou 350D, se você está na Europa). Ela custou um pouco menos de US$1000 e veio com uma lente básica (e não das mais úteis). Então, com uma grana que eu recebi como um presente por estar 5 anos na empresa anterior, investi numa lente um pouco melhor, e lá se foram mais US$500 e pouco. Tripé e monopé (o segundo eu me arrependi um pouco de ter comprado, não é tão útil quanto eu imaginei que seria) e lá se foram mais uns US$400. Cartões de memória, 2Gb no total, US$ 200 e pouco.

Veja, tudo isso foi comprado com certo sacrifício, porque não é pouco dinheiro e, sinceramente, é só um hobby! Ainda que eu tenha ambições a me profissionalizar, a verdade é que fotografia dificilmente vai gerar compensação financeira similar a que tenho com informática.

Só que agora eu quero uma Canon 5D, que custa quase US$2500 sem lente nenhuma (a razão é o sensor full frame). E quero outras três lentes que custam mais de US$1200 cada uma!!!

Claro, eu posso vender minha Rebel XT e a outra lente... Mas veja o que é o vício... Eu quero ficar com as duas câmeras. Posso até vender a lente básica (que não vale praticamente nada no mercado de lentes usadas) e a segunda lente que tenho (essa tem algum valor de revenda); mas a câmera serveria muito bem como um backup da 5D ou como uma câmera para usar em áreas de risco (como por exemplo todo o Estado do Rio de Janeiro).

Só que, com toda sinceradade, não tenho bala pra isso. Praticamente US$7000 em equipamento fotográfico eu só posso justificar se estivesse fazendo dinheiro com as minhas fotos...

E ainda vai demorar pra eu ter a cara dura de tentar vender alguma coisa. :-)

18 de agosto de 2006

Maçonaria

Eu sou um apaixonado por Historia. Um dos meus canais de TV favoritos é o History Channel, e já li dezenas de livros sobre a Historia de diversos momentos da humanidade.

Os Maçons (ou Freemasons, como são chamados nos EUA) salpicam a história do mundo - mas principalmente dos EUA - e o fervor com que as pessoas discutem se eles são "bons" ou "maus" sempre me fascinou.

Os Maçons são coisas diferentes para pessoas diferentes e eu sei muito pouco sobre eles. Claro, já ouvi e li tudo que é dito sobre eles. Mas o que é verdade e o que é mentira?

Eu sempre entendi que os Maçons eram homens que acreditavam em ciência, talvez porque os maçons na história da revolução americana eram avessos aos caminhos ultra-religiosos da Europa. Não que eu pense que ciência exclua uma crença no divino. Eu não tenho mais uma religião definida mas acredito numa força maior - ainda que não creia que essa força tenha qualquer interesse no que eu faça ou deixe de fazer.

Mas os maçons, ao que parece, tem 3 pontos básicos na sua doutrina:

a) Paternidade de Deus, independente de crença religiosa
b) Fraternidade Universal, decorrente do mesmo pai somos todos irmãos
c) Imortalidade da Alma, toda a humanidade será salva

Minha curiosidade só aumenta ao ler estes pontos...

Acreditar numa força divina que criou o universo, tudo que nos cerca e que somos, mas que não tem interesse específico no Ser Humano; se encaixa no conceito de Paternidade de Deus?

Se somos todos irmãos decorre, pelo menos para mim, que o fato de sermos todos humanos é mais importante do que nossa nacionalidade. Porque então eu já li em algum lugar que as lojas maçônicas de cada país tem suas tradições para louvar a pátria??? Porque uma organização geográfica - e va lá, cultural - mas criada de forma arbitrária (me refiro as nações) tem importância? E se somos todos irmãos, serão os maçons pacifistas e contrários as guerras?

E como conciliar a crença de que toda a humanidade será salva com a liberdade de crença religiosa, includindo religiões que pregam a crença no Inferno e no Céu? Se um Maçom é católico ou muçulmano, é possível reconciliar sua crença religiosa com sua participação na irmandade?

Finalmente, TODOS os maçons e todas as fontes de informação maçons fazem questão de frisar que Maçonaria não é uma religião, mas um modo de vida que preza honestidade, verdade, justiça, lealdade, caridade - enfim, todos os sentimentos nobres que o Ser Humano é capaz de demonstrar.

Mas, ao mesmo tempo, eles desistimulam (até proibem) a discussão de tópicos que possam criar animosidade entre os membros. Essa é, para mim, a coisa mais incompreensível! Como avançar os traços positivos da humanidade sem discutir de forma livre TODO o seu comportamento?

Promover o avanço da humanidade.

Não seria essa a missão mais importante de uma instituição que quer defender o que é certo e bom?

13 de agosto de 2006

Para os fans de Star Wars...

Sinistro!

Via Cris Dias Del.icio.us...

PS. Eu sei que fans se escreve com f-a-til-s. Mas estou num teclado sem acentos.

3 de agosto de 2006

Baleada na Cinelândia...

Há um tempo, conversando com um amigo, contei que uma vez no centro da cidade do Rio tive de me jogar no chão de uma banca de jornais porque policiais e bandidos trocavam tiros após um - na época entendi eu - assalto a banco.

E hoje vejo isto no jornal o globo: "Mulher é baleada em tentativa de assalto na Cinelândia".

Por sorte, foi baleada de raspão na perna. Podia ter sido muito pior...

Me fez lembrar do dia do tiroteio que presenciei. Tinha acabado de almoçar com um colega de faculdade que não via há tempos e caminhavamos de volta para os escritórios. Eu lembro que nesse dia, deitado no chão da banca de jornal, em vias de ficar noivo, eu pensei pela primeira vez que tinha de sair do Rio de Janeiro.

Pouco mais tarde começava a minha pesquisa por empregos no exterior, que durou um ano e meio.

Claro, eu posso ser baleado numa tentativa de assalto em qualquer lugar - inclusive onde moro hoje. Outro dia na área mais pobre da cidade onde moramos houve uma ação policial contra traficantes (existem aqui também) e um policial e um bandido foram baleados.

Mas, sinceramente, as probabilidades são muito menores. O Rio está fora de controle...

17 de julho de 2006

Um último pensamento antes de dormir...

"The two most common elements in the universe are Hydrogen and stupidity."

- Harlan Ellison

Saudades...

Vocês são assim
Um sonho pra mim
E quando não as vejo
Eu penso em vocês
desde o amanhecer
até quando eu me deito

Eu gosto de vocês
e gosto de ficar com vocês
meu riso é tão feliz contigo
os meus melhores amigos são meus amores

...

Vocês são assim,
um sonho pra mim
você são assim...

13 de julho de 2006

São Paulo, de novo...

Novos ataques e novas histórias de arrepiar o cabelo em São Paulo...

Primeiro foi o menino de 6 anos sequestrado. Sequestro é crime hediondo com razão - faz sofrer o sequestrado, claro, mas torna todos os seus familiares vítimas também. E o sequestro de uma criança, com a subsequente invenção de uma repentina viagem da família é de uma crueldade inacreditável.

Existe seguro-sequestro no Brasil? Um seguro que pague o valor do resgate até um determinado valor? Seria altamente procurado... Mas conhecendo o Brasil, no dia que alguém fizesse o seguro algum malandro da seguradora arrumava uns caras para sequestrar o infeliz e botar a mão no dinheiro do resgate...

E, por outro lado, mais ônibus sendo queimados, e mais bancos sendo assaltados, na nova onda de violência - que alguns dizem ser motivada por investigações acerca do rastreio de contas bancárias de potenciais envolvidos, ou da transferência de criminosos para presídios federais.

De qualquer forma, fica patente a total incapacidade da polícia em previnir e reprimir as ações criminosas.

Aonde isso vai parar?

12 de julho de 2006

Da Veja desta semana...

Falando sobre o bizarro número de parlamentares sob investigação:

Acredite: 22% dos parlamentares estão sob suspeita de ter cometido algum crime – numa lista que inclui seqüestro, extorsão, estelionato...


Ironicamente, 22% é quanto pedem os parlamentares para "agilizar" o que quer que seja junto ao governo...

Coincidência rapaz!

11 de julho de 2006

Pensamento inútil do dia...

Sorte: você é feliz com as escolhas que a vida fez por você.

Felicidade: você é feliz com as escolhas que você fez na sua vida.

Realização: Sorte + Felicidade.

8 de julho de 2006

Orkut, Digg, Slashdot...

Eu estou tão cansado desses sites de comunidade. Muito. Exausto.

Porque a maioria das pessoas não sabe:

a) Argumentar
b) Escrever (em inglês ou português, em suas línguas nativas!)
c) Ouvir/Ler

Nas comunidades de Brasileiros no exterior do Orkut, por exemplo, tem de tudo. Gente inteligente, gente arrogante, gente burra, gente metida... É um mini-universo mesmo. Muito representativo. Mas eu estou cansado de entrar num tópico e postar alguma coisa só pra ouvir um monte de grosserias, meias-verdades, mentiras deslavadas e ofensas pessoais a qualquer um que discorda do ponto de vista deles.

Mesmo pessoas que parecem, a primeira vista, inteligentes não conseguem manter um debate sem partir pra frases agressivas ou questionamentos de ordem pessoal. É um festival de patadas, as vezes simplesmente porque discordam de você.

O Digg é outro que me desanima. A maioria dos assuntos não técnicos comentados tem haver com a política dos EUA. É um assunto divisivo pros americanos que torcem pra Republicanos ou Democratas como Flamenguistas e Vascaínos. E sempre acaba se escambando pras ofensas generalizadas.

O problema não é de nacionalidade. É humano. Como, aliás, todos os outros problemas que não envolvem um animal irracional invertendo a cadeia alimentar (e mesmo nesses casos, as vezes, o problema é de estupidez humana!).

Não existe meio termo. É tudo extremado. É tudo maior do que a vida!!!

E não falei ainda dos Trolls. Troll é como os internautas americanos designam aquela pessoa que faz um post intencionalmente incorreto ou inflamatório com o único objetivo de criar controvérsia. A melhor resposta aos trolls é ignorá-los. Atenção é o que eles querem. Mas o ser humano é, parece, incapaz de ignorar. Gosta de um barraco e de uma boa briga! Principalmente quando não há a menor possibilidade de se machucar ou de confronto real, como é o caso das discussões online.

Eu não tenho paciência. Eu não tenho tempo pra essas coisas mesquinhas e sem propósito. Não tenho saco pra ficar discutindo um ponto - numa discussão até interessante - se cada vez que eu posto uma resposta, o interlocutor começa a sua dando uma porrada sem objetivo e que não tem nada haver com o assunto.

Não que eu seja mais importante, inteligente ou eloquente que ninguém. Eu trato todo mundo, independente de nacionalidade, estado civíl, orientação sexual, religião, escolaridade, e até espécie, como eu gostaria de ser tratado. Cortesia, educação e um pouco de simpatia nunca fizeram mal a ninguém...

Mas a vida já é complicada demais sem eu ficar me envolvendo em bate bocas sem propósito com pessoas que nunca vi e que não esboçam a menor esperança de se portarem como seres humanos capazes de conduzir uma discussão de um nível pelo menos polida.

Vou diminuindo, cada vez mais, minha participação nestes fórums.

Mas estou sempre a disposição. Mandem um e-mail - o endereço está aí ao lado - ou deixem um comentário aqui. Se a dúvida tem haver com imigração ou viver no exterior, informática ou percepção (a minha, é só o que possa dar) do modo de vida nos EUA; é só falar.

6 de julho de 2006

E a França detonou meus dois países...

A França não. Zidane.

Mas a sacanagem maior é que eu acredito sinceramente que não deram um penalty pra Portugal no final do primeiro tempo.

Enfim...

A participação Portuguesa devia deixar a seleção Brasileira com vergonha. Tantos astros e nenhum amor a camisa. Os Portugueses sim!!! Deram o sangue. Lutaram até o último segundo.

Mas um Zidane inspirado dificulta a vida dos falantes de português...

Futebol é isso aí.

FORZA ITALIA!!!

1 de julho de 2006

Só um comentário...

País do futebol é o caralho!!!

Eu, pelo menos, sou Português.

Não só porque sou mesmo, mas porque é o time que merece ser apoiado agora.

AVANTE PORTUGAL!!!!

PS. Antes que venham me acusando de ser um vira casaca... A primeira frase deste post é fruto de absoluta frustração com a apresentação pífia do time Brasileiro. Eu sou Brasileiro. Não tenho vergonha de ser Brasileiro (apesar do Brasil me dar raríssimas oportunidades de ter orgulho de sê-lo). O fato é que sou Português também. Por herança e por afinidade com o pouco da cultura a que fui exposto durante uma vida com avós e pais Portugueses. Eu ficaria bastante dividido se fosse o Brasil enfrentando Portugal na próxima etapa, mas torceria primeiro para o Brasil. Agora só nos resta torcer por Portugal.

29 de junho de 2006

A doação de Warren Buffet

O que dizer de um ato de caridade de $35 bilhões de dólares???

Claro que depende de em que o dinheiro for empregado. Mas a julgar pelos últimos investimentos da entidade filantrópica de Bill Gates, não há o que temer quanto a isso.

Eu não vou repetir aqui o que já foi dito por gente muito mais competente.

Só quero pensar alto uma coisa: mas e os filhos e a família dele???

Um reporter perguntou exatamente isso: Mr.Buffet, o que seus filhos fizeram de errado???

A resposta foi que nada. Só que ele não acredita em herdar sua posição na sociedade.

Que em outras palavras quer dizer "meus filhos tem de fazer a vida deles como eu fiz a minha".

Sinceramente, essa é pra mim a maior diferença entre brasileiros e americanos. Não sei se pra melhor ou pra pior, mas eu quero deixar minha filha nas melhores condições que eu conseguir. Claro que eu não vou chegar a 1 bilhão. Talvez eu chegue a 1 milhão, com dificuldade. Mas o fato é que se eu puder deixar TUDO pra ela, eu deixaria.

O Sr.Buffet está certo. Tem gente que precisa do dinheiro dele muito mais do que seus filhos, que em teoria tiveram todas as chances na vida e terão condições de se sustentar sem dificuldades. Eu não tenho dúvida que retornar toda a boa sorte e os frutos do trabalho dele à sociedade é o certo.

Mas e aí? O que é que torna a cultura deles capaz de reconhecer e aceitar essa verdade e torna a nossa (ou pelo menos o meu modelo mental da nossa) incapaz de fazê-lo???

Louvável? Sem dúvida.

Pra mim, incompreensível.

14 de junho de 2006

Uma frase de novela que define o Brasil...

"Estamos num circo? Nós estamos num circo, é isso? Então tá! Então vocês por favor chamem o elefante e o engolidor de fogo, porque o palhaço pula-pula já está se retirando! Ah, que absurdo!"


É isso que todos nós somos.

Um legião de palhaços pula-pula.

Defective Yeti

Eu começei a ler o Defective Yeti porque... bem... é como ver um acidente de carro. Uma vez que você enxerga o acidente, é difícil tirar os olhos dele...

Este post é um dos mais hilários. Talvez por causa da explicação do "punchline" ao final.

Muito bem escrito...

13 de junho de 2006

1 x 0

A imprensa americana começou a dizer que o Brasil "soluçou" na estréia.

Não acho - apesar de reconhecidamente não ser nenhuma autoridade no assunto. Acho que falta respeito com o time da Croácia. O time deles jogou bem, marcou bem, criou oportunidades. Se há um certo apagamento do brilho do time oponente diante da qualidade individual dos jogadores do Brasil? Pode até ser. Mas há que se reconhecer que o time deles era bom.

O Brasil criou oportunidades, tocou bem a bola, não jogou de salto alto. Foi uma boa apresentação.

Estão metendo o malho no Ronaldo, que realmente não jogou bem, mas o cara não treina a sabe-se lá quanto tempo. Tem de dar tempo a ele de se preparar durante a competição. O cara é bom e merece, no mínimo, respeito. Apesar do Robinho ser um grande jogador também...

Ronaldinho foi muito bem marcado.

Ah, e em tempo: eu posso entender pouco, mas o Galvão Bueno é um idiota. Com suas frases de efeito absolutamente dementes. Por exemplo:

- "Era a hora perfeita para um gol!"

Idiota.

12 de junho de 2006

Brasil, Portugal e EUA...

Não vou falar muito de copa do mundo aqui. Não é, realmente, minha praia essa coisa de futebol...

Mas copa é copa!!!

Hoje vi o patético primeiro tempo dos EUA contra os Tchecos (é assim que se escreve, tomara que sim!). O time dos EUA não tem malícia, não dribla, não desarma, tem um toque de bola mecânico, e - não obstante a 5a colocação do quadro da FIFA - dificilmente vai passar dessa rodada.

Ontem assisti o outro time que acompanho com atenção - Portugal.

O jogo dos portuguêses é muito melhor do que o que foi apresentado. Não posso explicar o que ví senão apelando pra frases feitas como "salto alto". Um time que não funcionou, no todo, como a soma de seus bons jogadores. Muito estranho.

Eu torço tanto pelos Portugueses quanto pelos Americanos, claro.

Por mim a copa teria na final Brasil e Portugal.

Com os EUA em terceiro...

10 de junho de 2006

Preconceito...

Que todo preconceito é burro, nenhum de nós discute, certo?

A coisa que mais me impressiona hoje em dia é a capacidade do ser humano de demonstrar preconceito quando está se manifestando contra... o preconceito.

Hein?

No Orkut as pessoas discutem esse vídeo, uma mensagem forte contra o preconceito, é fazem comentários negativos e abrangentes contra os portugueses. Aproveitam para estendê-los a todos os Europeus.

No dia a dia aqui nos EUA, os brasileiros metem o malho no mexicanos porquê "essa raça fica invadindo direto aqui e colocando o foco em cima de todos os imigrantes!".

A incapacidade das pessoas de compreender seu próprio preconceito é impressionante.

9 de junho de 2006

Os insuportáveis Powerpoints...

Eu tenho asco a todos esses powerpoints que as pessoas insistem em enviar. Todos eles. Não importa se são engraçados ou não. Não importa se tem fotos lindas ou não.

Asco.

Eles congestionam a internet, são enormes, poluem minha caixa postal de mensagens, e ainda usam um formato de arquivo que é proprietário da Microsoft. Mas o mais importante é que não servem pra porra nenhuma.

Mas o pior são aqueles que tem a intenção de trazer uma lição de vida.

Acabo de receber um assim... O mote é "Não se irrite com as pequenas coisas!"

O que me deixa puto é que o texto faz parecer que é coisa trivial. Que é só decidir não se aborrecer e pronto!

Eu, quero crer como todo ser humano, tento todos os dias, com esforço, ser uma pessoa melhor. Uma pessoa mais calma, mais tolerante, uma pessoa capaz de chegar ao fim do dia pensando "hoje foi um dia bom!" e chegar em casa satisfeito comigo, com a minha vida e com o meu semelhante.

Mas pra mim não é fácil. E eu tenho certeza que pra outras pessoas é ainda mais difícil do que para mim. E para outros deve ser muito mais fácil.

Por quê?

Porque cada pessoa tem seu nível de tolerância, tem sua capacidade de entender o próximo e de acatar os pequenos (ou grandes) revezes da vida.

Eu me ofendo com esses textos "lições de moral" porque eles menosprezam o meu esforço diário. Porque eu sei o quanto me custa e o quanto tempo levou pra chegar onde estou.

Se fosse fácil pra todo mundo, nenhum idiota estaria em algum lugar perdendo sei lá quantas horas do seu dia - provavelmente no seu horário de expediente - compondo uma porcaria de powerpoint para dar essa incrível lição de vida!

Lição de vida não se dá - se toma.

A gente aprende sozinho e com maior ou menor dificuldade. E um milhão de powerpoints, ou cinco milhões de e-mails, ou dez milhões de conversas não vão fazer nada pra acelerar o processo.

Porque cada um tem seu cada um.

Agora, por favor, me deixem em paz e parem de me mandar essas porcarias.

Não ajudam e me ofendem.

4 de junho de 2006

Da Vinci code

Fui assistir ao Da Vinci Code.

Já tinha lido o livro, impulsionado pelo "Anjos & Demônios", também do Dan Brown, e que é muito melhor que o livro fenômeno.

O filme é obsessivamente fiel ao livro - que na minha opinião já foi escrito pensando em algum tipo de produção visual - é... a palavra "lento" é o que me ocorre.

O livro tem um sentimento de urgência que o filme simplesmente não consegue transmitir. Aliás, o "Anjos & Demônios" tem essa urgência ainda mais presente - é um verdadeiro thriller.

Acho que talvez o filme seja a prova inconstestável de que um bom screenplay, mesmo que não guardando absoluta fidelidade ao texto original, pode ser uma grande vantagem.

Da Vinci Code, o filme, termina não sendo um thriller, termina não sendo uma aventura, termina não sendo...

Mas o que esperar de um livro que já não é tão bom?

Ainda se tivessem filmado "Anjos & Demônios"...

31 de maio de 2006

Como não motivar seus funcionários...

Dica para os gerentes de plantão:

Jamais sente-se frente a um funcionário e confesse que outro subordinado do mesmo nível não tem uma boa produtividade.

Se o funcionário com quem você estiver falando for como eu, a pergunta é inevitável:

- É? Então porque é que ele continua empregado?

A resposta provavelmente vai ser uma liturgia de desculpas. E, novamente, se o funcionário for como eu, ele vai ficar calado, olhando pra sua cara em absoluto silêncio.

Mas, saiba ó gerente, que toda e qualquer possibilidade de motivar este funcionário que não envolva um bom aumento na próxima revisão salarial está absolutamente perdida.

A facada vem aí...

29 de maio de 2006

Direitos humanos == Respeito a Lei

Eu escrevi o texto abaixo em resposta a uma pessoa que, numa das comunidades de brasileiros no exterior do Orkut, começou a repetir a velha máxima que os brasileiros de saco cheio da violência não cansam de repetir:

- Direitos humanos só valem pros bandidos!!!

Eu cansei de repetir a mesma coisa para qualquer pessoa que pergunta, então transcrevo aqui o que escrevi lá. Assim posso apontar as pessoas pra cá e pronto. Acho que vou imprimir um cartão com o endereço deste post... Vou precisar. ;-)

O texto:

'Essa coisa de dizer "que só os bandidos tem direitos" pode soar excelente e verdadeira, mas não resiste ao teste da realidade.

A realidade é que os direitos do cidadão comum deveriam ser protegidos pelo Estado, a quem pagamos impostos pra isso. Não deveria haver necessidade de proteger os direitos humanos do cidadão honesto, porque ele não deveria estar sujeito a perda dos seus direitos mais básicos e portanto ter seus direitos humanos postos em perigo.

Infelizmente, não é isso que acontece no Brasil...

Já os presos, que tiveram seus direitos caçados e estão (em teoria) pagando seu débito com a sociedade por infringir as Leis que ela instituiu; estão à mercê do Estado (em teoria). Quando o Estado abusa do seu poder, de qualquer forma que seja, e coloca a única coisa que lhes resta (ou deveria restar) - sua condição humana - em risco; cabe a sociedade exigir que o Estado respeite a Lei.

Claro, no Brasil a teoria não é praticada.

Negar aos criminosos o direito básico de não serem torturados ou executados, é tão criminoso quanto qualquer ato que o próprio bandido cometeu.

É um Estado que não respeita a Lei não pode gerar uma sociedade que respeita a Lei.

É assim o ciclo se perpetua... Nos bandidos que não são recuperados, nos políticos que não vão presos, na sensação de que todo mundo pode se dar bem e que a Lei é realmente opcional!

Respeito a Lei. Punições exemplares independente de classe social ou situação financeira.

E em paralelo a isso, educação.'

28 de maio de 2006

O homem-silêncio...

Numa viagem pra Atlanta, eu acabei lendo na Delta-Sky Magazine sobre Gordon Hempton e sua busca pelos sons naturais.

O web site dele - Sound Tracker - é um achado.

Claro que o cara está vendendo os sons. Claro que não é barato. Mas o lance é o seguinte: aonde mais você vai encontrar este tipo de produto???

Para ouvir enquanto programa?

Perfeito!

PS. Toda a coleção dele está disponível na iTunes Music Store. Mais barato que comprar o CD... :-)

27 de maio de 2006

Terceirização explicada...

Sabe, é impressionante a imcompetência generalizada no mundo dos negócios - no mundo inteiro. Notícias como esta não me surpreendem, só me fazem rir...

Basicamente, a Sprint/Nextel está reclamando que o contrato de terceirização com a IBM não gerou economia nenhuma - pior, gerou prejuízo!!!

O problema é da terceirização? Ou do que esperam dela?

Fui consultor por muitos anos. De certa forma, continuo atuando como um ainda que empregado pela empresa que usa os meus serviços - porque ajo como um. E em todos esses anos nunca vi um processo de terceirização que acabasse em felicidade por parte do cliente. Não posso, por uma questão até de respeito a confiança que foi depositada em mim pelas empresas que usaram meus serviços, discutir casos individuais. Mas passei por alguns e com empresas diferentes: EDS, IBM, Arthur-Andersen (que virou Accenture), dentre outras.

Terceirização como alguns dos meus clientes fizeram não vai funcionar NUNCA. Me refiro a empresa, como a Sprint/Nextel neste caso, que entrega seus funcionários a IBM e espera que a produtividade aumente ou que os prejuízos sumam. Vamos deixar uma coisa bem clara: se o Jairzinho não estava produzindo quando trabalhava pra você, por quê você acha que ele vai produzir trabalhando pra consultoria??? Se o Joquinha era incompentente sob sua direção, da onde vai surgir a sabedoria e competência que ele vai empregar agora que trabalha pra você via outra empresa??? E mais - aqueles funcionários competentes e dedicados que você tinha? Eles agora estão mais preocupados em preparar curriculos e procurar empregos, porque o vínculo de lealdade acabou quando você foi desleal com eles - é uma via de duas mãos, sabe?

O outro estilo, a terceirização de posições que não existem tem a possibilidade de dar certo - se a empresa contratante usar o cérebro e usar os consultores para o que eles são mais adequados...

Um consultor tem um "vantage-point" único - ele não está envolvido com o dia a dia dos funcionários comuns e, os bons, não se sentem influenciados por manipulações políticas típicas de grandes empresas. Eles podem apresentar opiniões únicas, que eludem funcionários comuns, se isso for permitido. A ótica deles é diferente da ótica do sujeito que precisa defender o salário no fim do mês.

Podar o consultor de apresentar esse ponto de vista único e restringí-lo a mais um "worker-bee" é desperdício de dinheiro! O bom consultor deve ser ouvido e estimulado a falar. Balançar as estruturas da empresa!

Claro, existem também os consultores que só podem ser "worker-bees". E esses são os que as grandes empresas de consultoriam gostam de contratar... Não balançam o barco, continuam sugando as empresas clientes, não fazem barulho... Praticamente mais um funcionário da contratante.

Até o dia que a empresa contratante repara que, ainda que um pouco mais caro, seria bom trazer "sangue-novo" para a empresa. E ou oferecem a vaga para o consultor "worker-bee" (e o que conseguiram com isso, eu sinceramente não sei!) ou removem o consultor assim que contratam um indivíduo.

Claro, um gerente de grande empresa depois de uma cagada como essa da Sprint/Nextel sempre poderá dizer: "Mas como eu poderia imaginar que a <insira grande nome do mercado de consultoria aqui> faria isso?"

Mas aí eu começo a falar do despreparo dos gerentes, e isso é outro assunto...

20 de maio de 2006

Chegou meu MacBook

Chegou "meu" Apple MacBook. O "meu" entre áspas é porque ele realmente é propriedade da empresa. Mas efetivamente fica comigo 24x7.

Steve Jobs, o C.E.O. da Apple, disse nesta entrevista com a CNBC e eu concordo: "O Mac é a melhor experiência computacional hoje".

Eu já tenho um Powerbook, a versão PowerPC do modelo de 15'' do atual MacBook Pro. O notebook que recebi é a versão "low-end", o MacBook.

Impressões:

a) Como todo produto Apple, o notebook é sólido. Não é como os notebooks da Dell ou da Toshiba, que parecem ser feitos de um plástico vagabundo.

b) A cor branca da carcaça não é a cor do interior. O interior é de um cinza-alvo, com teclas brancas.

c) O som dos auto-falantes não é tão bom ou tão potente com o do meu Powerbook.

d) O teclado tem uma aparência estranha - me lembrou quando vi o teclado to TK-85!!!! Fiquei apavorado! - mas a sensação é de um teclado comum. Levei 5 minutos pra me adaptar ao espaçamento das teclas.

e) O monitor é reflexivo (tecnicamente, glossy). A imagem é linda, mas ele reflete a luz como louco. Não me incomodou muito até agora, mas eu posso imaginar estar num ambiente com iluminação forte e ter problemas com reflexos...

f) O novo track-pad é excelente! O fato de eu poder usar dois dedos para fazer scrolling e transformar o botão em right-click, já se tornaram uma segunda natureza. A única coisa que ele não satisfez foi meu interesse em programar os cantos do trackpad em shortcuts para o éxpose. Sempre há o Sidetrack...

De resto a experiência é o que se espera de um Apple.

Eu vou precisar de mais memória, e o fato de o equipamento vir com dois módulos de 256 ao invés de um de 512 é irritante - uma clara tentativa da Apple de forçar os usuários a comprarem memória com eles (a preços muito mais altos que o mercado). Os 512Mb devem ser suficiente para usuários de "dia-a-dia".

Tá com US$1100 sobrando? Vale a pena...

16 de maio de 2006

Saiu o Macbook!!!

Os novos Macbooks da Apple são o meu mais novo sonho de consumo...

Peraí...

Ah é. Meu chefe pediu um pra mim hoje. Para eu trabalhar remoto quando for preciso.

Chega em 10 dias.

OH YEAH!!!!!

14 de maio de 2006

Como reagir?

São Paulo está nas manchetes...

Pra resumir: virou o Rio.

Não vou aqui ficar reportando o que você pode ler absolutamente em qualquer lugar... Só queria chamar a atenção para um artigo interessante:

Combate à violência depende de mobilização civil e nacional, diz Gregori

Gregori é o ex-ministro da Justiça de FHC. O que violenta o meu cérebro no artigo é a seguinte opinião:

"No Brasil, 40% da violência é alimentada pelas classes média e alta, que consome drogas e faz prosperar o mercado do narcotráfico..."

Eu tenho tantos questionamentos...

a) Da onde sai a figura de 40%? O Sr.Gregori ou algum dos outros políticos que defendem esta tese tem feitos pesquisas de "Boca de Boca" (vou registrar este termo) ou recebem as estatísticas dos traficantes??? Porque não 80%???

b) O Estado Brasileiro e os estados membros da nação não coletam impostos para, dentre outras coisas, garantir segurança à população?

c) Não é o Estado e os governos que o regem que definem a forma do combate a criminalidade e violência??? O que esse senhor fez quando esteve no Poder? Ou devo assumir que o que acontece hoje em SP começou hoje?

d) Os presídios não são responsabilidade do mesmo Estado e seu objetivo não é punir os criminosos com a perda da liberdade por conta dos crimes que eles cometeram? E se eles não criam a oportunidade de uma recuperação ou possibilidade de reintegração, a culpa é do preso? Ou será, novamente, porque a classe média consome drogas?

Eu acho que a sociedade já vem há muitos anos sinalizando e apontando para o fato de que algo tem de ser feito. A necessidade de mudança é tanta que o atual presidente foi eleito com a esperança de que algo fosse ser feito para mudar os rumos do país.

Mas os governantes nada fazem. Por inércia. Ou porque estão mais ocupados destinando verbas para ambulâncias super-faturadas ou algum outro tipo de trambique...

Me parece que o Estado (na figura dos governos) é que não cumpre sua parte no contrato social. Contrato que reza que o cidadão paga impostos para ter serviços básicos em retorno. Cadê? Nem segurança, nem educação, nem saúde, nem nada de qualidade.

Mas vários membros da máfia política (me recuso a dizer classe política quando falando do Brasil) vem vindo a público para tentar inverter a equação.

A culpa é dos usuários de drogas. A culpa é da classe média e alta.

Não quero inverter a lei de causa e efeito. É claro que se ninguém consumisse drogas ilegais a máfia das drogas não existiria... Isso não quer dizer que não haveria crime organizado...

Iriam acabar os seqüestros? Ou os roubos seguidos de morte? Isso iria acabar com os presídios cheios? Ou outros tipos de organizações criminosas organizadas?

Sem falar que eliminar o consumo de drogas é uma meta inatingível. Que país do mundo não tem usuários?

Agora na TV, cada político, de cada partido, tem uma solução diferente para SP. Algumas risíveis, outras identificando o óbvio.

E a população continua perdida no meio a guerra civil que se vive no Brasil hoje. E que já vem de algum tempo, como eu pude constatar há mais de 7 anos, quando me joguei no chão de uma banca de jornal no centro da cidade para escapar de uma troca de tiros entre policiais e assaltantes de banco.

Que o Estado cumpra o seu papel!

PS. Não que eu esteja me deleitando com o caos em SP. Quem pode achar bonito uma criança de 5 anos que perde o pai, bombeiro, para um tiroteio covarde com criminosos? Mas não consigo parar de pensar na multidão de empresas que desertou do Rio de Janeiro para São Paulo por causa da violência... Será que continuam se sentindo seguras agora? O problema da violência não é do Rio. Ou de São Paulo. Ou do Espírito Santo (com seus esquadrões da morte). Ou do Acre. É do País. Vocês podem fugir, mas não podem se esconder. Pelo menos não dentro do Brasil...

Além do Cidadão Kane

O vídeo, já antigo, da BBC de Londres sobre a TV Globo e sua relação com o poder no Brasil é interessante como documento histórico...

Como crítica, tem de ser posta em perspectiva...

Basicamente eles identificam a realidade das organizações Globo: uma empresa bem sucedida, firmemente governista (independente de quem está no poder) porque é do vínculo com o poder que vem boa parte do seu sucesso; e que manipulou a opinião pública em diversas oportunidades em interesse próprio.

Não discordo de nada.

Mas que empresa faria qualquer coisa diferente?

A Globo existe com o objetivo de remunerar seus proprietários - assim como a padaria lá da esquina. O dono da padaria vai buscar qualquer tipo de vantagem competitiva que puder. No mundo inteiro é assim. E onde não é, existem outros problemas...

A Globo tem um poder extremo de penetração (criado e pago pelo Estado), sabe disso, e o usa muito bem. Sem competição - e essa é parte do problema.

A outra parte componente do problema é a audiência...

"Hein? Você vai culpar a audiência?"

Não. Eu disse que a audiência é a outra parte componente do problema.

A base do problema é educação. Um público deseducado não tem condição de identificar manipulações ou formar opiniões independentes daquilo que é apresentado. E a maior parte do público brasileiro não tem educação de qualidade disponível.

Até porque não interessa a quem poderia garantir este educação...

Uma massa deseducada garante que as eleições e os interesses de quem já está no poder e quem já está no topo da pirâmide, se perpetuem.

Corrigir somente o monopólio e não corrigir a deseducação não vai resolver.

E a deseducação, sejamos conscientes, não será corrigida.

Porquê não interessa a ninguém...

Plim-plim.

12 de maio de 2006

Uma última sobre a Bolívia

Claro que eu entendo que podemos ser mansos e conseguirmos tudo que quisermos nas negociações.

Eu faço isso todos os dias com clientes. Eles gritam, esperneiam, reclamam, resmungam... E no final eu consigo que eles façam exatamente o que é necessário para as coisas progredirem da melhor (as vezes única) maneira possível.

Se for esse o caminho do Brasil nessas negociações: deixar eles gritarem bastante e darem show, enquanto nós negociamos o que for melhor pra nós. Perfeito.

Mas mesmo assim, as vezes a gente é obrigado a dar um trava no interlocutor e dizer, com boa educação:

"Fala baixinho, por favor..."

Evo Morales e Acre...

Duas coisas me passaram pela cabeça quando Evo Morales afirmou que o Acre havia sido dado ao Brasil em troca de um cavalo:

a) Tudo isso? Uau!

b) Uma coisa é ser um país de orientação neutra no cenário internacional, outra é ser uma república de bananas.

Eu acho até louvável o Brasil se conter, visto que se trata de um dos mais pobres países da América Latina. Mas acho também que tudo tem limite.

É a coisa do "você dá a mão e eles querem o braço".

Alguém tem de chegar pro Morales, com toda a educação como é nosso hábito na diplomacia internacional, e dizer com clareza: "Olha, direito seu querer aumento de preço pro seu recurso natural, direito seu querer o que é melhor pro seu povo, tamos aí pra ajudar - sem problemas. Mas o negócio é o seguinte: se continuar a palhaçada a nossa boa vontade acaba. Se nossa boa vontade acabar, sinceramente, não vai ser legal pra Bolívia."

Gás nós também temos. Vamos coloca-lo em dutos. Vai custar uma fortuna, mas nós acabamos com a dependência e vocês vendem seu gás pra outro.

Não querem madeireiras brasileiras na fronteira e não querem empresas brasileiras na Bolívia? Tudo bem. Para cada empresa brasileira legalizada expulsa, nós vamos expulsar duas empresas Bolivianas de porte similar do Brasil; e empresário boliviano nenhum faz mais negócios no nosso país.

E na pior das hipóteses, se vocês estiverem interessados em contestar a fronteira do Acre... Sempre temos de lembra-los que nós somos um pouquinho maiores - inclusive militarmente - que vocês.

Se bem que, sinceramente, por mim - podem levar o Acre de volta...

Mas devolvam o cavalo.

EM TEMPO: Nada contra a Bolívia ou os bolivianos. Desde que eles observem os contratos e as leis internacionais, eles tem direito de se manifestar e tentar mudar seus destinos tanto quanto nós mesmos. Mas um pouco de civilidade e respeito é bom, e nós gostamos.

EM TEMPO 2: Eu sei que o Acre não foi recebido em troca de um cavalo. Leia isso.

EM TEMPO 3: É triste a gente constatar que até no terreno da diplomacia internacional, somos uma republiqueta e nos fazem de gato e sapato.

3 de maio de 2006

As propagandas da Apple...

As novas propagandas da Apple tentando vender os Macs como muito superiores aos PCs.

As propagandas são criativas, interessantes e engraçadas. Memoráveis.

E, ainda que estejam exagerando no dourar da pílula, o Mac - na minha opinião - se tornou uma opção ainda mais interessante agora com os chips Intel.

Não vou falar...

... da greve de fome. É dar ao indivíduo exatamente o que ele quer - espaço e publicidade.

Só direi o que já comentei no blog do companheiro Indignado:

"Pena que ele é gordo demais e vai demorar a morrer..."

27 de abril de 2006

Experiência...

Dito por minha esposa neste exato momento:

"Está chegando a Copa do Mundo! Já já o Brasil não tem problema nenhum, que não seja de treinador, de craque, ou de um adversário mais bem treinado..."

Pão e circo!

Boa noite...

Empregos fora do Brasil

Depois do meu post abaixo, eis aqui uma lista pra você começar a procurar emprego no exterior...

Monster EUA
Monster Espanha
Monster Bélgica
Monster Canadá
Monster Suíça
Monster República Tcheca
Monster Alemanha
Monster Dinamarca
Monster Finlândia
Monster França
Monster Hong Kong
Monster Itália
Monster Reino Unido

Em algumas das páginas internacionais do Monster existem ainda outros países disponíveis!

CareerJet (ênfase EUA)
Empregos Austrália
Empregos Austrália
Net-Empregos - Portugal
Empregos.Online
Portal de mobilidade de emprego na Europa
Empregos na Europa
Empregos na Alemanha
Bolsa de Trabalho da Espanha
Trabalho na Espanha
Emprego na França
Emprego na França
Emprego na França
Empregos na Inglaterra
Portal de emprego europeu para Inglaterra

Não posso ajudar muito com relação as regras para estrangeiros trabalharem em cada um desses países. Minha sugestão é:

a) Investigue possibilidades de emprego nos países onde você fala ou tem condições de aprender rapidamente a língua (os óbvios são Portugal e possivelmente Espanha)

b) Comece a pesquisar o processo de visto de trabalho nestes países.

Eu posso falar um pouco dos EUA se você precisar de ajuda.

Boa sorte.

26 de abril de 2006

Porque a única opção é o Serviço Público?

Mais um colega - educado, competente, profissional com anos de experiência - me diz que está estudando para concurso público...

Eu já disse isso aqui antes: uma nação não pode sobreviver de 180 milhões de funcionários públicos. A vida das pessoas não vai melhorar enquanto elas amarrarem seus destinos a necessidade de um Estado cada vez maior que as empregue.

"Qual a opção?" me pergunta ele. "Eu nunca achei que ser funcionário público fosse uma boa meta, mas qual a opção de garantir uma certa estabilidade para minha família?"

Sempre que a pergunta descamba pra isso eu cito o meu próprio exemplo. E sempre sou rechaçado com comentários como:

"Você é uma exceção!"
"Você deu sorte!"
"Sua experiência não é comum!"
"É muito difícil!"
"É complicado..."

E variações sobre estes temas.

O que me impressiona, sinceramente, é que as pessoas me informam que eu dei sorte em conseguir um emprego. Tudo bem, admitamos que eu dei sorte e não vamos entrar no mérito de se foi sorte eu ter conseguido permanecer onde estou; o fato é que eu não teria dado sorte se não estivesse procurando ativamente. Se minha mente não estivesse aberta pra possibilidade de morar no exterior. Se eu não estivesse em busca de algo melhor...

As pessoas se sujeitam aos concursos públicos - um funil difícil com certeza - mas sequer pesquisam ou buscam saber das oportunidades disponíveis em outros lugares em suas profissões ou profissões coligadas!!! Como sabem que é difícil se sequer olham os sites de oferta de empregos em outros locais??? Como sabem que é complicado se sequer deram o primeiro passo em busca de uma oportunidade???

Eu também busquei ativamente o meu direito de cidadania Portuguesa. Muita gente no Brasil tem direito a cidadanias européias, e esse direito abre as portas de um mercado de trabalho relativamente saturado mas que para certas profissões pode ser interessante. As pessoas sabem que tem avós portugueses ou espanhóis ou italianos, ou o que seja; mas não buscam se informar sobre o que é necessário para obter o passaporte daquela nacionalidade.

Claro, tem gente que tem um problema ideológico com a múltipla cidadania. Eu até aceito isso, apesar de não compreender...

O lugar onde eu nasci não me define mais do que a cidade onde eu moro ou a cor da minha pele. Antes de ser brasileiro, ou português, ou americano (que não sou); sou um ser humano que quer o melhor pra mim e pra minha família. Prefiro ser um cidadão do mundo, móvel, capaz de me transferir e me adaptar (o que é o ser humano senão uma máquina de adaptação???) do que me enrolar na bandeira desta ou daquela organização política arbitrária.

A minha cultura, num mundo globalizado como o de hoje, já não pode ser definida como brasileira, ou americanizada (essa palavra não faz o menor sentido; a cultura deles é tão onipresente que já manchou todas as outras), ou euro-cêntrica. Claro que existem traços de comportamento de uma cultura que eu prezo mais do que outros, claro que eu me comporto como fui educado a me comportar; mas isso não quer dizer que eu não possa aprender ou simplesmente conviver com outros comportamentos.

Ter opções, pensar em opções, não é crime. Buscar caminhos para uma vida mais tranqüila agora e no futuro, para você e sua família, é seu papel como ser humano.

Ser um cidadão do mundo começa com você se dispondo a investigar o que é possível e o que está disponível.

As perspectivas são limitadas no funcionalismo público. As perspectivas em outro país são, pelo menos, desconhecidas.

Cabe a você buscar seu caminho, claro.

Vale dizer que eu posso dizer de cadeira que não é fácil. Que o funil do funcionalismo é fichinha perto do funil de conseguir uma emprego no exterior ou uma nacionalidade deste ou daquele país. Morar fora também não é fácil e requer que você re-conecte alguns neurônios ligados a adaptação e humildade que você pode não ter usado em muito tempo. Falar bem a língua do país escolhido é fundamental. E sua tolerância ao risco - porque não há rede de proteção, com certeza - tem de ser de média (a minha) pra alta.

As recompensas são proporcionais ao desafio e as incertezas, na minha experiência e opinião.

Comece agora:

http://www.monster.com (e seus afiliados em vários países, procure os sites internacionais)
http://www.dice.com

Quando chegar em casa vou procurar um site de emprego em cada continente e postar por aqui...

30 de março de 2006

Supernatural

Outra série, além do Lost que eu comecei a acompanhar e tem sido interessante é a "Supernatural".

A premissa é meio bizarra: dois irmãos combatem forças sobrenaturais malignas.

Por quê?

Porque a mãe deles foi morta por um demônio e a família inteira entrou pro negócio de caçar monstros.

Mas a série está mais pra X-Files do que pra Buffy the Vampire Slayer. Os visuais e efeitos são bons, as histórias não são bossais, e a coisa não descamba pro inevitável concurso de bem contra o mal.

Não sei se passa no Brasil... :-(

PS. Por quê as forças sobrenaturais são sempre malignas? Por quê é que o Mulder nunca encontrou um gnomo bonzinho, ou os irmãos Sam e Dean de Supernatural nunca encontram um espírito simpático e que não quer fazer mal a ninguém? Será que o sobrenatural é tão chato que os "poderes" resolvem se vingar nos mortais? Já não basta Brasília e o W. em Washington?

26 de março de 2006

A Veja fala da crise moral...

A Veja desta semana fala da "crise moral" que assola o país e como o nosso dia a dia é afetado por isso.

Correção: por nosso eu quis dizer seu.

A Veja conclui que "... o Brasil pode estar vivendo um momento semelhante (ao de Marcelo, em Hamlet, ao concluir que há algo de podre no reino da Dinamarca)".

E compara a letargia do povo brasileiro com a letargia que tomou conta dos alemães durante a segunda guerra mundial... Só esquecem de dizer que - ainda que absoluta e abjetamente errados - os alemães adotaram Hitler numa tentativa de mudar os rumos de uma crise econômica de grandes proporções. Os brasileiros são letargicos - e só.

Só quem não foi criado no Brasil pode achar que o momento atual é em alguma coisa diferente dos momentos passados da eterna crise que assola o Brasil. A corrupção nunca foi tão grande? Balela... Ela nunca foi tão exposta. O aparelhamento do estado nunca foi tão grande? Ingênuo! O que mudou foi a tendência desse aparelhamento...

É tudo igual. É tudo farinha do mesmo saco.

E vergonha na cara ninguém tem.

E o fato de uma revista ter de publicar um mini-guia ensinando a distinguir o certo do errado só nos informa que a coisa chegou a ponto tal que não há mais correção.

Mas, no Brasil, o ditado mais citado é "A esperança é a última que morre!".

25 de março de 2006

Buoy, uma alternativa...

A biblioteca Buoy é uma alternativa ao Java Swing que usa Java Swing. Que tal?

Porque eu acho que é preciso uma alternativa?

Bem, não é que uma alternativa seja necessária. Mas ela seria útil. O problema do Swing, na minha opinião, é que pra fazer o básico você empenha praticamente o mesmo esforço que para fazer o inacreditavelmente complicado e incomum.

O poder do Swing está justamente nisso - você pode fazer muito mais do que qualquer outro ambiente de programação de "rich-clients" que eu já usei. O controle é total.

Mas 90% do tempo você quer fazer exatamente o que todos os ambientes de programação menos poderosos, mais simples e mais rápidos, te permitem fazer. Porque temos de empenhar um esforço muito, mas muito maior, nestes momentos?

Buoy parece ser a resposta para esta questão. A biblioteca parte do Swing e reduz a complexidade em especial da programação de eventos - uma antiga reclamação minha.

Dêem uma olhada na página "Sobre o Buoy".

Vale a pena...

16 de março de 2006

SkypeOut

Eu tenho usado o Skype pra falar com o pessoal de casa com muita frequência. A qualidade da ligação é muito superior a qualidade das ligações telefônicas (inclusive VOIP, testei o tal Broadvoice e não só a qualidade da comunicação é péssima como os caras taxam você como podem pra desconectar o serviço).

Hoje, finalmente, pude testar o SkypeOut.

A qualidade é melhor que VOIP, melhor que a minha linha telefônica, e o custo é muito menor. É quase o preço dos famosos cartões pré-pagos (que também tem uma qualidade horrível)!

Só falta testar o SkypeIn. O SkypeIn permite que eu tenha um número telefônico no Brasil - no Rio, SP ou outra grande cidade - que, quando alguém chama, toca no skype no meu computador onde quer que eu esteja - no mundo inteiro.

Ou seja: eu reduzo meus custos de ligação pro Brasil usando o SkypeOut. E reduzo o custo de ligação da minha família pra mim usando o SkypeIn. Isso quando eu não uso o Skype simplesmente - computador a computador. E aí é de graça...

Show!

Recomendado...

7 de março de 2006

Enquanto isso, na América do Sul...

Enquanto a China progride para o inevitável capitalismo, a Índia diminui lenta e exasperadoramente a pobreza, o que é que O Globo nos informa do Brasil?

Faça cara de surpresa agora...

"Classe média empobrece, muda padrão de gastos e se distancia do sonho de ascensão social"

Jura?!?

A classe média brasileira desapareceu tem tempo. Sobrou um arremedo desesperado que se agarra com unhas e dentes ao pouco que conseguiu acumular quando ainda havia condição de acumular alguma coisa. Continuam carregando a parte mais pesadas dos impostos, continuam não recebendo os serviços básicos em troca e acabam duplamente tributados quando pagam pelos serviços particulares que o governo devia prover e não o faz.

Taí, meu post indignado do mês.

4 de março de 2006

Eu sou escroto...

É escroto falar mal do Brasil?

Eu sou escroto porque "falo mal do Brasil pros gringos no exterior"? E se eu falar pra brasileiro, é menos escroto?

Eu não sei não. Eu falava mal do Brasil quando morava lá, e falo mal do Brasil agora que não moro mais lá. Mas também falo bem do Brasil nas poucas oportunidades que ele merece (como quando deram ao parceiro britânico de um brasileiro o direito a residência porque eles tinham uma relação legitima e duradoura, ainda que gay).

Eu falo mal de carro americano também. E de comida francesa. E dos EUA em várias instâncias...

E de gente babaca que acha que eu não tenho o direito de falar mal do Brasil porque estou morando no exterior, ou porque sou "rico", ou porque sou branco, ou porque sou agnóstico...

Eu falo mal porque me dão motivo.

Se os carros americanos fossem tão bons quanto os japoneses, eu não falava mal. Se a comida francesa viesse em quantidades decentes e não envolvesse coisas que não foram criadas para serem comidas (rãs e caramujos me vêm a mente), eu não falava mal. Se os EUA não metessem tanto o bedelho no país e na vida dos outros, ou não tivessem tanta gente débil mental super-preconceituosa, eu não falava mal.

E se o Brasil não fosse um país tão escroto com a sua própria população, eu talvez não falasse mal.

Escroto é entrar numa de que bonito é alguém me perguntar: "Seu país é legal? É bom viver lá?" e eu mentir.

Escroto é ficar me patrulhando porque eu falo o que eu penso.

Ah, foda-se...

The Skeptic's Dictionary

The Skeptic's Dictionary, uma leitura interessante.

E as vezes engraçada...

Eu, que acho que a única diferença entre um culto (daqueles que o líder faz as pessoas se suicidarem e coisa e tal) e outras religiões organizadas é só a longevidade da segunda; mas que ao mesmo tempo sou meramente agnóstico, acho os items neste dicionário ora divertidos, ora surpreendentes.

26 de fevereiro de 2006

Nada muda...

Alguém me mandou um longo e-mail falando de como o tom do meu blog mudou. Como passou de um espaço pra comentar o Brasil e o mundo pra um espaço pra comentar nada.

É...

Eu não vou defender o blog. Mudou mesmo. E eu não tenho falado de problemas com a intensidade que eu costumava. Não enfio mais o dedo na ferida como fazia no Vergonha!

Mas o negócio é o seguinte: eu conclui que, principalmente no que tange o Brasil, os problemas não mudam. São eles:

a) Políticos corruptos
b) Violência generalizada e desmedida
c) A lei do "Eu primeiro"
d) Incompetência da imprensa (no seu papel de fiscal)

Comentar mais o quê? O mais recente episódio? O absurdo mais novo?

Eu não tenho nem mais saco para ficar falando as mesmas coisas. Só muda o personagem... as vezes.

Então, para a sua dose diária de indignação, você vai ter de procurar outra fonte.

Não é que eu não fique indignado. Claro que fico. Mas ficar apontando as mesmas coisas de novo e de novo, sem ter nenhum efeito positivo para o universo, só me faz mal.

"We apologize for the inconvenience!" (TM, Douglas Adams)

11 de fevereiro de 2006

Mudado...

Já estamos na região de Sarasota, FL.

Temperaturas, sem dúvida, muito melhores!

Trabalho e vida, só o tempo vai dizer.

Que bons ventos soprem em nossas vidas.

13 de janeiro de 2006

Nem tudo são flores no mundo Apple

Ontem a noite o meu Powerbook me informou que haviam updates disponíveis e eu - como a ovelha que sou - disse "Claro, instala aí!".

Resultado, depois de muito tempo instalando o sistema reinicializou e... Tã Dãaaaaa... Ao invés do login gráfico do Mac OS X, eu tomo cara adentro um login de texto, do BSD Unix que roda por baixo da interface gráfica.

Horas tentando fazer a coisa funcionar, boots em modo de segurança... E nada.

Quer dizer: a coisa não é o mar de rosas que todo mundo quer fazer você acreditar. Claro, pode ser que o problema fosse algum componente de software não padrão rodando no meu sistema, mas convenhamos que mesmo que seja este o caso o problema existe.

Francamente, mesmo assim, o que diferenciou o Mac OS X do Windows foi a solução do problema...

O Windows tem um modo de instalação de "reparo", mas pelo menos comigo ele nunca funcionou.

O do Mac OS X chama-se "Archive & Repair". Coloquei o DVD de instalação, reinicializei por ele (boot apertando a tecla C faz com que o sistema boot pelo disco no DVD player), selecionei a opção certa e - Záz!

Um backup do sistema operacional defeituoso foi feito para duas pastas do sistema operacional, o novo sistema operacional - um downgrade do que havia instalado no meu sistema - foi inicializado e TODOS OS MEUS DADOS FORAM DEVIDAMENTE PRESERVADOS.

Reinstalei uma ou duas opções não padrão e pronto.

O final da história é: a coisa não é um mar de rosas e muito menos perfeita, mas é muito melhor do que o que vi no mundo Windows.

10 de janeiro de 2006

Pórtugays

Manja Ingrish?

Ingrish é aquela língua estranha que brasileiros do país inteiro que não falam English, se esmeram em falar. Coisas do tipo:

"Prejudice" em Ingrish é Prejuizo, mas em English é Preconceito.

"Pretend" em Ingrish é Pretender, mas em English é Fingir.

E assim vai...

Minha filha fala Pórtugays as vezes. É uma língua parecida com o Português, mas um tanto diferente...

Ontem, durante o jantar, ao comentar que eu tinha deixado de cumprir uma tarefa ela me olhou seriamente e falou que eu era muito "lesado".

Eu fiquei tentando entender o que a minha loucura tinha haver com o fato de não ter terminado a tal tarefa.

- Minha filha, você sabe o que quer dizer "lesado"?
- Sei ué.
- O que quer dizer?
- "Lazy".

Lazy em Pórtugays é "Lesado". Sensacional...

Muitas risadas depois eu expliquei que "Lazy" em Português é "Preguiçoso". E que "Lesado" era relativo a "Lesão" e que normalmente era uma gíria para "Maluco" (lesado da cabeça).

- Ahhhhhhh tá. - disse ela, acrescentando depois de alguns segundos - então você é as duas coisas!!!

A mãe dela está rindo até agora.

6 de janeiro de 2006

Mudanças...

Lembram de um post meu sobre miopia gerencial?

Chegou, mais uma vez, a hora de mudanças - ajustes de percurso - profissionais. Foram 5 anos e meio trabalhando para a mesma empresa, uma boa empresa, mas os rumos do profissional e da companhia divergiram.

Para que eu quero descer... Mas, como sempre, descer numa boa.

A partir de fevereiro mudo de empresa e de Estado.

Do frio inverno de Wisconsin para o inverno subtropical da Flórida. Do meio-oeste para o sul. Ou, como disse um amigo, do Canadá para Cuba.

Continuo desenvolvedor de software, mas com um caso paralelo como Administrador de Bancos de Dados. Uma empresa menor, mas sólida. Uma oportunidade de trabalhar mais alinhado com meus objetivos.

E volto a morar perto do mar.

E muito mais perto do Brasil e da família.

Ano novo, emprego novo, estado novo, vida nova.

Mas que a sorte continue a mesma! E que Deus continue nos acompanhando!

Bom ano novo para todos...