30 de setembro de 2007

Incapacidade de comunicação...

Recentemente o Presidente dos EUA, enquanto discursava sobre educação e cercado de crianças, se saiu com essa:

... childrens do learn when standards are high ...

É difícil inventar uma coisa assim.

Claro, o Jon Stewart caiu em cima e fez muita graça.

Sinceramente, como estrangeiro morando nos EUA, é a glória ver um americano numa posição tão importante cometer erros grosseiros como este.

Veja, eu cometo erros também. Todo mundo comete. E tenho certeza que alguns dos meus erros, sendo o inglês minha segunda língua, podem até ser mais grosseiros.

Mas tenho certeza que não erro o plural das palavras mais simples na minha língua nativa.

28 de setembro de 2007

Dr. Who - Blink

Sou fã do Doctor Who.

Meus detratores dirão que a série é pobre de efeitos especiais, que as histórias são simplisticas e que o fato do Doutor ser esse paladino que salva os humanos de alienígenas e - muitas vezes - de si próprios e até um tanto ofensivo.

Balelas! Sim, alguns episódios são melhores e outros são piores.

Apresento a você o melhor que já vi desde que começei a acompanhar a série:

Blink

The angels have the phone box...

Apreciem!

PS. Pra quem não sabe quem ou o quê é o Doctor Who, sugiro a leitura de http://pt.wikipedia.org/wiki/Doctor_Who

25 de setembro de 2007

E a Microsoft anucia os preços do Office 2008 para Macs...

Nenhuma supresa, pelo menos pra mim, que o Office 2008:Mac seja mais barato que sua contraparte no mundo windows.

Nem a versão de upgrade do Office:2007 para Windows custa os $150 que eles dizem ser o preço inicial da versão para Macs.

Porque a diferença de preço?

Simples: no Mac o pacote iWork da Apple custa $79 (ou $99 para até 5 computadores da mesma casa) e faz tudo que o Office faz - e mais. E com uma interface decente e (semi-) compatibilidade com os formatos da própria Microsoft.

Competição é uma boa coisa.

Uma pena que o OpenOffice não tenha alcançado o nível de usabilidade que as pessoas esperam de um processador de textos. Eu uso o OpenOffice (na verdade o NeoOffice, que é o port para Macs do OpenOffice) e sinceramente prefiro a planilha deles do que o Excel. Mas o editor de textos, infelizmente, nunca me convenceu.

E daí? Vale a pena comprar o Office pra Mac?

Se você precisa de compatibilidade absoluta e sem nenhum tipo de variação com o formato da Microsoft - isto é, se você troca documentos constantemente com usuários de Office no Windows ou no Mac; talvez sim.

Eu vou ficando com o iWork.

Não que eu não ache que seria ótimo se a Apple implementasse suporte ao formato Open Document em sua aplicação. Seria excelente.

23 de setembro de 2007

Profissionalismo e o ambiente corporativo...

Na empresa onde trabalho, estamos transferindo nossa estrutura de banco de dados de DB2 em Linux para SQL Server 2005. O motivo é a adoção de um software de CRM (Customer Relationship Management) que só funciona com SQL Server ou Oracle. É o melhor sistema de CRM para as necessidades da empresa e nós não temos nenhum bom motivo para estarmos casados com o DB2.

Sou um desenvolvedor. Na verdade, sou um analista de negócios que desenvolve relativamente bem - não sou capaz de criar um sistema operacional ou jogos em 3D (sinceramente, também não tenho interesse) mas traduzo bem as necessidades de empresas para software, em diversas linguagens de programação. O que faço bem mesmo é entender as necessidades efetivas da empresa. É mais difícil do que parece.

Não sou, definitivamente, um DBA. Até já trabalhei como DA (Data Analyst), portanto sei fazer modelagem de dados e conheço os conceitos de banco de dados relativamente bem. As circunstâncias nesse emprego atual me levaram a ser o backup do DBA da empresa. Se ele não está, por qualquer motivo, o DBA sou eu.

Como explicar que eu acabei sendo o cara que teve de converter todas as nossas estruturas em DB2 (tabelas, views, procedures, funções, triggers, etc) para T-SQL do SQL Server 2005? E o DBA acabou a cargo de tranferir os dados?

Como explicar que em 3 semanas eu converti todas as estrutras nos 4 bancos de produção, e agora estou escrevendo unit tests para que possamos garantir que, principalmente no caso dos triggers que sofreram uma mudança radical pela diferente maneira com que eles funcionam no SQL Server 2005, tudo funciona como funcionava no DB2; enquanto nosso DBA ainda não conseguiu transferir os dados de um banco pro outro?

Esse é o mesmo DBA que até antes de eu ser contratado ano e meio atrás, não entendia qual era a vantagem/necessidade de chaves surrogadas ou mesmo chaves primárias. E como não existiam chaves primárias, não havia integridade referencial. Ele - que agora insiste que normalização é fundamental mesmo quando não é - levou UM ANO convertendo as estruturas de Informix para DB2.

Um ano versus 3 semanas. 260 dias úteis contra 15 dias úteis. E eu converti mais estruturas que ele e a conversão foi mais complicada pela mudança de paradigma dos triggers (passamos de 160 triggers para 50).

Como uma pessoa dessa pode se manter por quase 15 anos empregado na mesma empresa???

Veja, meu julgamento aqui é meramente técnico. Eu não desgosto do cara. Não tenho nada contra ele como indivíduo, como pessoa. Meu problema é profissional.

Eu posso até não ser - como não sou - o topo de linha na minha área. Mas já que me propus a exercer a profissão, o mínimo que eu espero de mim mesmo é carregar meu próprio peso e fazer jus ao que me pagam.

Eu nunca aceitei emprego onde eu não pudesse carregar meu peso. E em mais de uma entrevista eu parei o entrevistador e disse: "Você está conversando com a pessoa errada. Se precisar eu te indico a pessoa certa...".

Tudo bem, eu entendo por experiência própria que o efeito Dunning-Kruger é uma realidade. O indivíduo não reconhece a própria incompetência, OK.

Mas porque a empresa se submete - e por tabela submete os outros funcionários - a presença e subsídio de um colaborador que não colabora e que na verdade acaba criando entraves ao bom desempenho da equipe???

É completamente irracional. E eu já vi acontecendo no Brasil e nos EUA. Vou arriscar dizer - e tenho noção que posso estar errado, mas duvido - que acontece no mundo inteiro.

É a pergunta da semana pra vocês pensarem: como é que pessoas incompetentes conseguem continuar empregadas sem serem pressionadas pra se tornar minimamente mais compententes?

PS. Sobre "o indivíduo ou indivídua (sic) ter família" e/ou sobre "todo mundo precisar de um emprego": isso não torna ainda mais importante que os mesmos sejam informados que precisam de treinamento e que precisam mostrar real habilidade na profissão que escolheram? E meu contraponto de sempre: e a moral dos profissionais que se esmeram em exercer a profissão de forma adequada?

21 de setembro de 2007

Sexta-feira ruim...

Vamos deixar claro: copiar e colar um texto de uma página que você achou no Google não vai me convencer que você sabe do que está falando...

E se quando eu acostar você e fizer perguntas naturais, e até mesmo óbvias, e você não tiver respostas; não se surpreenda se eu perguntar "Você realmente só fez uma pesquisa no google e copiou e colou a página? Da próxima vez me manda o link. Ou melhor: diga que não sabe e eu mesmo pesquiso..."

Tremendamente triste um profissional tentar passar parte de um blog que ele achou como texto de próprio punho.

14 de setembro de 2007

iWork'08

Gostei bastante do iWork'08. Minhas notas:

a) Não posso falar absolutamente NADA do Keynote. Eu simplesmente evito a todo custo ter de compor apresentações. Se preciso for, elimino com brutalidade a pessoa que me pedir a apresentação.

b) Pages'08 é uma evolução boa do Pages'06. O modo de editor de texto colocou o programa mais perto do meu uso normal do que eu esperava. E me dá um controle de layout intuitivo que eu não tinha (por absoluta ignorância, tenho certeza) no Microsoft Word.

c) Numbers é uma surpresa. É difícil até de classificar. Sim, é uma planilha de calculo. Mas é uma cria de planilha com programa de layout. O fato de você poder colocar várias "sheets" numa mesma página e interoperar entre elas é interessante. Algumas coisas me irritam, a saber:

c.1) O export pra Excel tem uma mania chata de incluir uma página de "Table of Contents" dizendo que a planilha foi exportada do Pages. Neste blog deram a solução que se resume a um comando executado no terminal:

defaults write com.apple.iWork.Numbers EEDropTableOfContents -bool TRUE

c.2) O programa podia ser mais orientado ao teclado. Estou acostumado a criar uma formula em todas as outras planilhas da seguinte forma: pressiono o sinal de igual, e uso as setas pra ir até a primeira célula que desejo incluir na formula, digito o operador e uso as setas pra ir ate a segunda célula que desejo incluir na formula... E assim por diante. No Numbers, quando aperto o sinal de igual, um mini-popup sai da planilha. Tentar navegar as celulas da planilha usando as setas resulta em você se mover no texto da formula. Ou seja: seleção de células integrantes da formula só via mouse. Péssimo.

Tenho certeza que ainda vou me surpreender positivamente com alguns aspectos e negativamente com outros. É assim mesmo.

O importante é que o pacote família custa $99 e os programas atendem as minhas necessidades, admitidamente tímidas, para edição de textos e planilhas.

13 de setembro de 2007

Renan, Vergonha no Senado... Tudo besteira...

Vamos falar de coisas importantes!

Faleceu o Pedro de Lara...

O programa de calouros e o programa do Bozo eram muito mais sérios que todo o aparato do Estado Brasileiro - legislativo, executivo e judiciário.

Adeus Pedro...

9 de setembro de 2007

Monster Brasil

E o Monster - o site de empregos mais conhecido dos EUA (e talvez do mundo com operações semi-independentes em vários países) - abriu sua filial no Brasil.

Eu me dei ao trabalho de confirmar junto ao Monster EUA se o site - http://www.monsterbrasil.com.br/ - era legítimo.

Porque me dei ao trabalho?

Dentre outros motivos:

a) O site parece não ter decidido se se trata dO Monster ou dA Monster. No título da página (que tem um espaço a mais em "começo" e provavelmente não está ajudando-os em termos de ranking no Google) eles dizem trabalhos dO monstro. Mas no rodapé da página eles dizem "Sobre A monster". Porque Monster seria feminino e monstro masculino é um mistério pra mim. Parece que estou buscando problemas, mas o problema é mais profundo. Continue lendo...

b) Alguns termos nas páginas parecem ter sido traduzidos - MAL - do inglês. Nada contra traduções, mas as coisas tem de fazer sentido, certo? Uma das "tabs" na página principal diz "Conhecidos" e outra diz "Indo pra frente". Não sou tradutor, mas acho que "Contatos" e "Progredindo" seriam escolhas mais felizes. E não para aí. Olha essa tradução da chamada para um dos artigos da seção "Indo pra frente":

Como muitos expertos em conselhos para a carreira profissional, Steve Fogarty, gerente de contratação da empresa Waggener Edstrom, diz que os candidatos devem pesquisar a empresa minuciosamente antes de entrevistar-se com ela.


De novo, eu não sou tradutor. Mas "expertos"??? Essa palavra sequer se usa em Português do Brasil - o correto usual é perito. E "... entrevistar-se com ela"? Acho que ninguém no Brasil fala assim. Mas saí daí já tem tempo, quem sabe? Todos os artigos sofrem dessa tradução pobre de uma forma ou outra.

c) Alguns outros detalhes parecem ter sido simplesmente lançados de qualquer forma com base no site em inglês. Note-se o botão de GO ao invés de "Submeter" ou "Enviar" ou o que quer que se use esses dias no Brasil...

Eu achei a qualidade do conteúdo tão ruim, tão de qualquer maneira, que entrei em contato com a central americana por e-mail. Eles me dizem que o site é pra valer. Não me atrevi a perguntar porque a diferença brutal de qualidade de conteúdo...

Pra piorar - pra mim - meu profile do Monster USA não é portável ou disponível no site brasileiro. Se eu quiser posso criar meu profile no Brasil, mas vou ter de manter os dois em separado. Dirá você: "normal". Não acho, porque a minha conta do Monster USA é aceita e preservada no Monster España.

Como em tudo mais, parece que até os serviços que são oferecidos a países da america latina são feitos nas coxas... Em inglês diríamos "rushed to market".

Não vou entrar em detalhes técnicos - a opção de tecnologia do monster é ASP. EUA, Espanha, não interessa. Não seria a minha opção, mas parece funcionar perfeitamente pra eles.

Eu não estou procurando emprego no Brasil. Se estivesse, acho que o Catho seria uma opção mais agradável para falantes do Português do Brasil. E tem mais utilização por empregadores e potenciais empregados.

Claro, fiquem de olho no Monster Brasil. As coisas podem mudar e progredir. Esse spin de networking (Contatos... digo "Conhecidos") pode acabar com o site sendo um cruzamento de "Monster" com "LinkedIn" que pode dar samba.

E quem está procurando emprego tem de buscar em todas as frentes disponíveis, certo?

UPDATE: Uma coisa que só notei depois de terminar de escrever é que grandes empresas - Microsoft, Google, HP, etc - parecem estar no monster. Provavelmente isso é uma explicação mais coerente do porque lançar um site dessa maneira. Essas empresas já são clientes do Monster aqui e queriam que as vagas disponíveis para o Brasil estivessem disponíveis num site para os brasileiros. O fato de que todos os empregos e descrição das empresas está em Inglês provavelmente não ajuda; mas se foi só uma forma do Monster calar a boca das empresas... O que importa é: se você tem interesse em trabalhar para empresas desse porte, olhar o site do monsters no Brasil é um caminho também.

4 de setembro de 2007

Seria cômico, não fosse trágico...

Diz o presidente (com p minúsculo mesmo) da nação brasileira:

- O Brasil ainda exige cuidados. Não podemos, por termos chegado a uma situação de equilíbrio, achar que está tudo resolvido e começar a gastança. Vamos continuar agindo como sempre agimos. O Brasil não vai gastar aquilo que não pode gastar - afirmou durante cerimônia de início das obras da refinaria de petróleo Abreu e Lima, em Ipojuca (PE).


Uma pessoa sensata pensaria que se trata de reduzir o gigantismo do Estado brasileiro. Mas não. O objetivo é defender a continuidade da CPMF - Contribuição PERMANENTE sobre Movimentação Financeira.

É de doer. O sujeito vir falar de "não gastar o que não pode gastar", no governo onde se aparelhou o Estado como nunca se viu, onde se alargaram as despesas e o descaso com a ética gerou mensalões e a máxima de que "caixa dois é normal"; com o intuito único de manter um IMPOSTO, que ainda por cima tem sido usado pra lentamente acabar com o sigilo bancário a que você deveria ter direito...

Eu sou totalmente a favor de um governo que redistribua os impostos de forma a proporcionar a quem precisa uma chance de progredir. Mas esse governo sinceramente fez muito menos do que devia e fez muito mais coisas ERRADAS do que podia.

Quanto tempo vai levar pra reduzir o inchaço do estado que esse senhor permitiu que fosse criado? Quanto dinheiro vamos jogar fora nisso?