5 de dezembro de 2005

E, finalmente... o incêndio na Barra da Tijuca!

Pois é, o prédio em chamas sábado à noite? É onde eu estava até o dia 28 de novembro.

Que tal?

Tudo bem com a família e com os bens, antes que vocês fiquem preocupados. Ninguém estava em casa e além disso o fogo atingiu outra coluna de apartamentos.

Quase tudo que se lê nos jornais foi mal pesquisado ou simplesmente mal redigido. Mas a maior mentira de todas foi dizer que o sistema de combate a incêndio do prédio não funcionou. Funcionou sim. Os sprinklers jorravam água que desciam pelas escadas e elevadores furiosamente.

O que não funcionou mesmo foi o aparato do estado.

Houve dificuldade para contatar os bombeiros e a polícia. Depois do contato eles ainda levaram mais de 1h e meia para dar combate efetivo as chamas - o que permitiu o alastramento do fogo e o desastre ao patrimônio que se viu. Hidrantes também não tinham água - acredito eu serem os hidrantes responsabilidade do estado e não do edifício.

Ninguém morreu por sorte. Podia ter sido muito pior.

Mas que cidade é essa que numa emergência não consegue contatar os bombeiros ou a polícia? E que quando eles finalmente chegam não tem os equipamentos para dar combate ao incêndio (escadas curtas, mangueiras que não tinham pressão para alcançar as unidades em chamas, etc)?

Não culpo os bombeiros, que obviamente não tem a infra-estrutura que precisam para serem eficientes no seu trabalho. Não temos nem como saber se tem o treinamento adequado!

Mas só posso responsabilizar o estado (nas diferentes esferas: municipal e estadual) pela situação de abandono em que nos encontramos. Apesar dos altos impostos que se pagam...

Ainda bem que não havia ninguém preso nos andares superiores. Porque eu tenho certeza que os bombeiros não teriam nenhum tipo de aparato capaz de resgatá-los.

Uma palavra: Joelma.

De 1974, quando ocorreu o Joelma, pra cá você pensaria que os avanços tecnológicos necessários teriam chegado ao Brasil. Mas eu duvido.

Nos dois casos - 1974 e 2005 - curto circuito no ar condicionado (a comprovar). Que tal?

Vocês não querem que eu volte...

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