30 de março de 2006

Supernatural

Outra série, além do Lost que eu comecei a acompanhar e tem sido interessante é a "Supernatural".

A premissa é meio bizarra: dois irmãos combatem forças sobrenaturais malignas.

Por quê?

Porque a mãe deles foi morta por um demônio e a família inteira entrou pro negócio de caçar monstros.

Mas a série está mais pra X-Files do que pra Buffy the Vampire Slayer. Os visuais e efeitos são bons, as histórias não são bossais, e a coisa não descamba pro inevitável concurso de bem contra o mal.

Não sei se passa no Brasil... :-(

PS. Por quê as forças sobrenaturais são sempre malignas? Por quê é que o Mulder nunca encontrou um gnomo bonzinho, ou os irmãos Sam e Dean de Supernatural nunca encontram um espírito simpático e que não quer fazer mal a ninguém? Será que o sobrenatural é tão chato que os "poderes" resolvem se vingar nos mortais? Já não basta Brasília e o W. em Washington?

26 de março de 2006

A Veja fala da crise moral...

A Veja desta semana fala da "crise moral" que assola o país e como o nosso dia a dia é afetado por isso.

Correção: por nosso eu quis dizer seu.

A Veja conclui que "... o Brasil pode estar vivendo um momento semelhante (ao de Marcelo, em Hamlet, ao concluir que há algo de podre no reino da Dinamarca)".

E compara a letargia do povo brasileiro com a letargia que tomou conta dos alemães durante a segunda guerra mundial... Só esquecem de dizer que - ainda que absoluta e abjetamente errados - os alemães adotaram Hitler numa tentativa de mudar os rumos de uma crise econômica de grandes proporções. Os brasileiros são letargicos - e só.

Só quem não foi criado no Brasil pode achar que o momento atual é em alguma coisa diferente dos momentos passados da eterna crise que assola o Brasil. A corrupção nunca foi tão grande? Balela... Ela nunca foi tão exposta. O aparelhamento do estado nunca foi tão grande? Ingênuo! O que mudou foi a tendência desse aparelhamento...

É tudo igual. É tudo farinha do mesmo saco.

E vergonha na cara ninguém tem.

E o fato de uma revista ter de publicar um mini-guia ensinando a distinguir o certo do errado só nos informa que a coisa chegou a ponto tal que não há mais correção.

Mas, no Brasil, o ditado mais citado é "A esperança é a última que morre!".

25 de março de 2006

Buoy, uma alternativa...

A biblioteca Buoy é uma alternativa ao Java Swing que usa Java Swing. Que tal?

Porque eu acho que é preciso uma alternativa?

Bem, não é que uma alternativa seja necessária. Mas ela seria útil. O problema do Swing, na minha opinião, é que pra fazer o básico você empenha praticamente o mesmo esforço que para fazer o inacreditavelmente complicado e incomum.

O poder do Swing está justamente nisso - você pode fazer muito mais do que qualquer outro ambiente de programação de "rich-clients" que eu já usei. O controle é total.

Mas 90% do tempo você quer fazer exatamente o que todos os ambientes de programação menos poderosos, mais simples e mais rápidos, te permitem fazer. Porque temos de empenhar um esforço muito, mas muito maior, nestes momentos?

Buoy parece ser a resposta para esta questão. A biblioteca parte do Swing e reduz a complexidade em especial da programação de eventos - uma antiga reclamação minha.

Dêem uma olhada na página "Sobre o Buoy".

Vale a pena...

16 de março de 2006

SkypeOut

Eu tenho usado o Skype pra falar com o pessoal de casa com muita frequência. A qualidade da ligação é muito superior a qualidade das ligações telefônicas (inclusive VOIP, testei o tal Broadvoice e não só a qualidade da comunicação é péssima como os caras taxam você como podem pra desconectar o serviço).

Hoje, finalmente, pude testar o SkypeOut.

A qualidade é melhor que VOIP, melhor que a minha linha telefônica, e o custo é muito menor. É quase o preço dos famosos cartões pré-pagos (que também tem uma qualidade horrível)!

Só falta testar o SkypeIn. O SkypeIn permite que eu tenha um número telefônico no Brasil - no Rio, SP ou outra grande cidade - que, quando alguém chama, toca no skype no meu computador onde quer que eu esteja - no mundo inteiro.

Ou seja: eu reduzo meus custos de ligação pro Brasil usando o SkypeOut. E reduzo o custo de ligação da minha família pra mim usando o SkypeIn. Isso quando eu não uso o Skype simplesmente - computador a computador. E aí é de graça...

Show!

Recomendado...

7 de março de 2006

Enquanto isso, na América do Sul...

Enquanto a China progride para o inevitável capitalismo, a Índia diminui lenta e exasperadoramente a pobreza, o que é que O Globo nos informa do Brasil?

Faça cara de surpresa agora...

"Classe média empobrece, muda padrão de gastos e se distancia do sonho de ascensão social"

Jura?!?

A classe média brasileira desapareceu tem tempo. Sobrou um arremedo desesperado que se agarra com unhas e dentes ao pouco que conseguiu acumular quando ainda havia condição de acumular alguma coisa. Continuam carregando a parte mais pesadas dos impostos, continuam não recebendo os serviços básicos em troca e acabam duplamente tributados quando pagam pelos serviços particulares que o governo devia prover e não o faz.

Taí, meu post indignado do mês.

4 de março de 2006

Eu sou escroto...

É escroto falar mal do Brasil?

Eu sou escroto porque "falo mal do Brasil pros gringos no exterior"? E se eu falar pra brasileiro, é menos escroto?

Eu não sei não. Eu falava mal do Brasil quando morava lá, e falo mal do Brasil agora que não moro mais lá. Mas também falo bem do Brasil nas poucas oportunidades que ele merece (como quando deram ao parceiro britânico de um brasileiro o direito a residência porque eles tinham uma relação legitima e duradoura, ainda que gay).

Eu falo mal de carro americano também. E de comida francesa. E dos EUA em várias instâncias...

E de gente babaca que acha que eu não tenho o direito de falar mal do Brasil porque estou morando no exterior, ou porque sou "rico", ou porque sou branco, ou porque sou agnóstico...

Eu falo mal porque me dão motivo.

Se os carros americanos fossem tão bons quanto os japoneses, eu não falava mal. Se a comida francesa viesse em quantidades decentes e não envolvesse coisas que não foram criadas para serem comidas (rãs e caramujos me vêm a mente), eu não falava mal. Se os EUA não metessem tanto o bedelho no país e na vida dos outros, ou não tivessem tanta gente débil mental super-preconceituosa, eu não falava mal.

E se o Brasil não fosse um país tão escroto com a sua própria população, eu talvez não falasse mal.

Escroto é entrar numa de que bonito é alguém me perguntar: "Seu país é legal? É bom viver lá?" e eu mentir.

Escroto é ficar me patrulhando porque eu falo o que eu penso.

Ah, foda-se...

The Skeptic's Dictionary

The Skeptic's Dictionary, uma leitura interessante.

E as vezes engraçada...

Eu, que acho que a única diferença entre um culto (daqueles que o líder faz as pessoas se suicidarem e coisa e tal) e outras religiões organizadas é só a longevidade da segunda; mas que ao mesmo tempo sou meramente agnóstico, acho os items neste dicionário ora divertidos, ora surpreendentes.