Na ida pra Buffalo, NY (a trabalho), sou um dos últimos a entrar no avião. Me colocaram sentado ao lado da turbina - ótimo, penso eu, se a turbina explodir serei o primeiro a morrer.
Ao meu lado um casal jovem. Devem ter seus 20 e muito poucos anos. Ela uma ruiva bonita - no padrão americano, cintura para cima linda, cintura para baixo aquela promessa de uma mulher gorda em 5 a 10 anos .
Peço licença, meu lugar e na janela. Ou sugiro que eles pulem para lá. Preferem ficar onde estão e levantam-se para me dar passagem.
Me sento e os dois começam a conversar e gracejar. Ele insiste em chama-la de "senhorita", coisa que não parece aborrecer; pelo contrário. Ela, usando um daqueles jeans todos rasgados, que faz menos sentido ainda aqui no frio do hemisfério norte, graceja de volta. Logo estão se cutucando. Não acontecem os beijos que eu esperaria de um casal brasileiro; sexualidade e carinho são diferentes aqui.
Reparo no enorme anel de brilhante que ela tem no dedo da mão esquerda, um solitário, e como ela não para de ajeitá-lo no dedo. Obviamente récem noivos. E pelas piadas dela para o rapaz, estavam indo apresentar o noivo a familia da noiva.
11 de março de 2005
Observações aéreas 1
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