O Luiz Garcia de O Globo tem em seu mais recente artigo estes três parágrafos interessantíssimos:
Dias antes, este correspondente nas trincheiras desembarcou com mulher e dois netos na assediada capital, pronto para enfrentar o complexo esquema de segurança dos aeroportos americanos. Tragédia: ao chegar no controle de passaportes, fomos avisados de que todo o sistema computadorizado tinha caído. Os funcionários andavam de um lado para o outro distribuindo comunicações animadoras como “ih, pessoal, é no país todo, e da última vez demorou cinco horas para consertar”.
Quinze minutos depois, todos os portadores de passaportes americanos foram liberados. Pelo visto, os especialistas em terroristas descobriram que, por alguma estranha razão, o pessoal da al-Qaeda é incapaz de falsificar um passaporte americano.
Suamos mais meia hora. E só. De repente, liberaram geral: entramos no país com uma simples verificação manual de passaportes, sem foto, sem impressão digital, sem nada. Foi quase humilhante -- e também curioso: no dia seguinte, nem uma linha nos jornais, nem uma palavra na TV. Eu sei e vocês sabem que este correspondente é inofensivo em todos os níveis das ações humanas. Mas eles já saberem disso em Washington é degradante.
NEM UMA NOTA EM JORNAL NENHUM!!!
Eu procurei o máximo que meu tempo permitiu.
Quantas vezes isso já aconteceu? E quem foi que conseguiu entrar?
Vejam, não se trata de achar que fronteira tem de ser fortificada a ponto de só passar americano. Quem sou eu? Eu não passaria.
Mas é que esta administração fala tanto de seu esforço em garantir maior segurança contra o terrorismo.
E continua tudo a mesma coisa.
A fronteira continua uma peneira.
Ainda bem que moro nos milharais esquecidos...
10 de agosto de 2004
Aqui como aí...
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