25 de maio de 2004

Comércio Eletrônico multicanal e a importância da web

A Computerworld tem um artigo sobre a REI, uma empresa especializada em prover roupas e acessórios voltados para o público "outdoorsy": de montanhistas a alpinistas; de ciclistas a snowboarders.

Então, em que diabos a REI pode interessar a Computerworld (CW) e a todos nós geeks que vez por outra passamos a vista na revista?

A matéria é sobre a estratégia e-commerce da empresa. A REI entendeu e utilizou - na opinião da CW com maestria - a estratégia de unificação de canais e compreendeu que a web é apenas mais um canal de vendas.

Mas um canal bem importante... como eles também mencionam no artigo.

Ano passado um colega da Berbee e eu fizemos uma apresentação na Universidade de Wisconsin para os alunos de um programa de MBA. O tópico era "aspectos técnicos do comércio eletrônico", mas é inevitável mencionar aspectos não técnicos.

Durante a apresentação de dados sobre vendas varejo versus vendas web nos EUA, eu mencionei que a web era mais que um simples canal de venda; mais e mais ela é o primeiro contato entre clientes e empresas. Que as pessoas estão pesquisando o produto na web, pesquisando preços na web, achando a melhor oferta e aí decidindo comprar pela internet ou na filial local da empresa. Óbvio, os nossos futuros patrões (MBA = futuros gerentes... ai, ai...) queriam dados comprovando a teoria - coisa que eu não tinha naquele momento.

Mas este artigo da CW traz alguns dados interessantes a respeito, dentre eles:

"... Jupiter Research prevê que as vendas online em 2008 totalizarão US$ 117 bilhões, o que representa apenas 5% do total de vendas no varejo; mas a firma Novaiorquina também estima que 30% das vendas off-line serão influenciadas por pesquisa que consumidores conduziram online."

Para quem acompanha o mercado e-commerce ou trabalha para alguma empresa com presença forte no segmento, nenhuma surpresa. Mas ainda assim uma validação interessante.

Eu queria ter mais informações sobre sites de e-commerce brasileiros, como os da Lojas Americanas (uma empresa brick-and-mortar com presença e-commerce), para poder contrastar à minha experiência na Lands' End e mesmo com o que foi relatado na REI. Especialmente no que tange a integração das lojas e da unidade e-commerce (mesmo estoque? estoques separados? pode-se comprar e apanhar o produto numa das lojas?). Se alguém quiser trocar figurinhas é só falar.

O artigo da CW pode ser lido em português na infalível tradução porca do Google.

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