12 de maio de 2006

Evo Morales e Acre...

Duas coisas me passaram pela cabeça quando Evo Morales afirmou que o Acre havia sido dado ao Brasil em troca de um cavalo:

a) Tudo isso? Uau!

b) Uma coisa é ser um país de orientação neutra no cenário internacional, outra é ser uma república de bananas.

Eu acho até louvável o Brasil se conter, visto que se trata de um dos mais pobres países da América Latina. Mas acho também que tudo tem limite.

É a coisa do "você dá a mão e eles querem o braço".

Alguém tem de chegar pro Morales, com toda a educação como é nosso hábito na diplomacia internacional, e dizer com clareza: "Olha, direito seu querer aumento de preço pro seu recurso natural, direito seu querer o que é melhor pro seu povo, tamos aí pra ajudar - sem problemas. Mas o negócio é o seguinte: se continuar a palhaçada a nossa boa vontade acaba. Se nossa boa vontade acabar, sinceramente, não vai ser legal pra Bolívia."

Gás nós também temos. Vamos coloca-lo em dutos. Vai custar uma fortuna, mas nós acabamos com a dependência e vocês vendem seu gás pra outro.

Não querem madeireiras brasileiras na fronteira e não querem empresas brasileiras na Bolívia? Tudo bem. Para cada empresa brasileira legalizada expulsa, nós vamos expulsar duas empresas Bolivianas de porte similar do Brasil; e empresário boliviano nenhum faz mais negócios no nosso país.

E na pior das hipóteses, se vocês estiverem interessados em contestar a fronteira do Acre... Sempre temos de lembra-los que nós somos um pouquinho maiores - inclusive militarmente - que vocês.

Se bem que, sinceramente, por mim - podem levar o Acre de volta...

Mas devolvam o cavalo.

EM TEMPO: Nada contra a Bolívia ou os bolivianos. Desde que eles observem os contratos e as leis internacionais, eles tem direito de se manifestar e tentar mudar seus destinos tanto quanto nós mesmos. Mas um pouco de civilidade e respeito é bom, e nós gostamos.

EM TEMPO 2: Eu sei que o Acre não foi recebido em troca de um cavalo. Leia isso.

EM TEMPO 3: É triste a gente constatar que até no terreno da diplomacia internacional, somos uma republiqueta e nos fazem de gato e sapato.

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