E conversando com uns amigos americanos - todos mais pendendo para liberais (no sentido que a palavra vem recebendo hoje nos EUA) - sobre a inversão transoceanica; na opinião deles estou absolutamente errado.
Mencionaram o episódio dos Simpsons onde o Ned Flanders responde à namorada, que é atriz de Hollywood e está maravilhada com o jeito conservador dele, que o grande espaço entre NY e Hollywood é todo populado por gente assim.
Na opinião deles, os EUA nunca foram progressistas.
Muito pelo contrário.
Tirando os grandes centros urbanos e cosmopolitas e hollywood, que são minoria em relação a população e território, os EUA são um grande refúgio de gente com uma mentalidade absolutamente conservadora. Todos verdadeiramente "uptight".
Então, o que realmente acontece aqui, na opinião desses colegas, é uma minoria que tem exposição e que tem um comportamento menos "complexado" e mais liberal.
E isso não é de hoje, de acordo com eles.
Os americanos, a quem os europeus de outrora se referiram como exóticos, eram exóticos mesmo - quando contrastados a média americana de sua era.
E as coisas hoje não estão piores em termos de puritanismo tolo; elas estão mais visíveis.
Então eis aí a opinião dos que cresceram aqui e que tem um insight cultural que eu nunca vou ter.
30 de setembro de 2004
A inversão que não houve?
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