6 de julho de 2005

Mais uma tragédia carioca...

Em mas uma tragédia carioca, um menino de 20 anos foi morto por um assaltante em ônibus que faz um trajeto bem conhecido meu.

Alguns passageiros culpam o motorista. Pobre coitado que devia estar tão assustado e nervoso quanto eles próprios.

O culpado, claro, é o assaltante. Foi ele que iniciou a ação e foi ele que puxou o gatilho.

Motivações e atenuantes podem existir, não conheço a história desse sujeito, mas a realidade é uma só: no Rio de Janeiro de hoje, mais do que nunca e mais do que em qualquer outro lugar, você sai de casa de manhã e entrega suas vida ao acaso.

O crime e a violência imperam, os policiais e a população não são educadas para lidar com essa realidade, não existem programas sociais para tentar amparar as pessoas que podem acabar enveredando pelo caminho da criminalidade, e não se está seguro em lugar nenhum.

O pior é que o resultado de tudo isso...

O criminoso vai parar numa dessas prisões que não recuperam ninguém; lá ele vai morrer ou se tornar um bandido ainda pior. Se sobreviver, Deus proteja suas próximas vítimas.

A população continuará a fazer demonstrações pela "paz", como se isso fosse resolver o problema ou fazer os criminosos dizerem "ah, é, a gente devia mesmo ser mais legal com essa gente!".

E os administradores públicos vão continuar no seu jogo de empurra enquanto a cidade que um dia foi o cartão postal do país aumenta os níveis de mortalidade de guerra civil.

Em Portugal, lendo o Jornal "O Público" do dia 24 de junho, uma deputada (acho) portuguesa fazia menção ao arrastão que recentemente acontecerá numa das praias da cidade e usava o Rio de Janeiro como paralelo de violência.

E isso que nossa cidade é no mundo agora: exemplo de caos urbano e violência desmedida.

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