11 de março de 2009

Um artigo interessante...

Li esse artigo do Joel Spolsky ainda em Janeiro. E estou desde então com ele na cabeça e sem tempo pra blogar.

O artigo é sobre como recompensar performance, psicologia, e o impacto de ambas as coisas no "bottom-line" das empresas. Vale a pena ler no original, mas eis aqui a tradução porca do google...

Eu acho que o que o Joel esquece é que, usualmente, as pessoas de melhor performance são competitivas por natureza. Não importa se elas estão costurando roupas para cachorros, produzindo código na linguagem de última geração, ou trabalhando com atendimento ao consumidor. Ignorar essa característica com "todo mundo contribui e não seria justo julgar as pessoas de forma diferente" é jogar contra o caráter mais básico das pessoas de melhor performance - alijando-os justamente do sentimento de que sua contribuição é bem recebida.

Eu concordo que a maioria das pessoas tem o hábito de se julgar mais competentes do que efetivamente são, com raras exceções. É o efeito Dunning-Kruger que já mencionei aqui de outras vezes. Todos sofremos esse efeito em algum aspecto das nossas vidas. Mas não seria o papel de um bom gerente - como o Joel Spolsky é - justamente identificar quem são os diamantes e quem são pedaços de carvão na sua equipe? E mais: manter contentes os diamantes a qualquer custo? Porque quem quer uma equipe de pessoas regulares?

Ele não discute no artigo como as pessoas respondem de formas diferentes a diferentes recompensas... Eu gostaria que ele tivesse investido um pouco nisso. Algumas pessoas só precisam ouvir um cumprimento de vez em quando, outras precisam ouvir cumprimentos o tempo inteiro; e algumas pouco se importam com cumprimentos e preferem a parte delas em progressão corporativa ou o bom e velho dinheiro vivo.


No fim das contas, em seu artigo, Joel está tentando achar uma solução de tamanho único pra um problema que tem haver com psicologia individual e observação. Ele devia estar se perguntando "O que eu poderia ter oferecido ao Noah - individualmente (se ele era realmente tão bom...) - que teria feito com que ele nos escolhesse ao invés do Google?"

A resposta poderia ser - nada! Ele escolheria o Google de qualquer maneira, ponto.

Mas que perguntas o Joel tinha de se fazer para que a resposta pudesse ser diferente?

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